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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Porque a vida é breve e...




PORQUE A VIDA É BREVE E NÓS, LEVES, QUAL FOLHAS LEVADAS PELO VENTO E QUE SE PERDEM NO IMENSO FOSSO DO UNIVERSO...

 

É difícil para quem nunca foi pai ou mãe, um bom amigo, entender a grandeza da dor e a profundidade da angústia que toma conta dos pais, dos amigos, quando perde um filho, um amigo, um ente querido, enfim.

É que a luta, a batalha, a dedicação, o amor, são grandes e ininterruptos. E tudo para assegurar um crescimento saudável, cheio de amor, em todos os aspectos: físico, espiritual, emocional, social, cultural...

Noites de sonos perdidos, preocupações com uma simples gripe, uma febre baixa, um choro intempestivo, leve fastio, inesperada tristeza, brusco desânimo,..tudo, tudo, deixa os pais cheios de angústia e atribulados com e em qualquer situação que possa insinuar que sua criança, sua prole, está com algum problema...

Desde bebezinho, até mesmo já longe de casa, cheios de independência e maioridade, nós, os pais, nos preocupamos e não deixamos de fazer preces para que tudo fique sob controle e entregue nas mãos de Deus.

São meses, anos de atenção e cuidados, desde a tenra idade, desde a fase recém-nascida, criança, pré-adolescente, adolescente, adulto, idoso, não importa. A atenção e os cuidados são sempre constantes e infalíveis.

Então, a despedida precoce, a partida prematura, depois de tanto investimento, sacrifício e sofrimento para criar e assistir uma vida que parte inesperadamente, é inconcebível e incompreensível. Coisa de Deus? Entregar a Deus? Custa acreditar. Dizer que foi a vontade de Deus...Como? Por quê? Por isso, os céticos, os agnósticos, os ateus.

Ora, se com todos os zelos e cuidados somos surpreendidos subitamente com o nefasto, o infortúnio, como arrefecer a dor e o sofrimento dessas drásticas aparições? Só mesmo pela fé e pela crença da existência de um Deus, podemos encontrar a conformação e a resignação que tomam conta do nosso coração. e não há outra maneira de encontrar a paz em uma hora dessas.

Mas, de minha parte, vejo ser muito injusto, muito cruel, muito dolorido e insuportável a experiência de se perder um ente querido, principalmente depois de se ser testemunho da luta, do esforço, da dedicação e do trabalho que aconteceram para que aquele ente querido se tornasse uma pessoa realizada e feliz. Se a despedida é inadmissível, depois de fartos anos vividos, o que não sentir e dizer dessas idas prematuras e precoces.

Revolta? Tristeza? Não! Alegria? Não. Apenas estar preparado para suportar a dor da perda e da despedida de quem tanto amamos. E aproveitar, enquanto é tempo, há tempo, todos os instantes, sem nenhum desperdício, todos os momentos que se possa viver de amor, de paz e de alegria com as pessoas que amamos.

Porque a vida é breve e nós, leves, qual folhas que são levadas pelo vento e que se perdem no imenso fosso do universo.

 

jose valdir pereira

 



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