A loucura que gosto, que gostas...

Thomas Francis Dicksee, Waiting, 1860 Teus versos sensuais me encheram o vazio que se apossava do meu coração, enquanto tuas palavras não vinham e me eram desconhecidas, as tuas carícias... Vi em teus olhos todos os desejos que nunca imaginei havê-los... ardeu-me o coração, queimei-me todo, por dentro e por completo, naquele tanto que me fez enlouquecer... vi em teu corpo a manifestação da ânsia de possuir-me ardentemente...era porque quem estava assim era o meu, e de tanto te querer, queimava-me... dáva-me por perdida nos teus braços e arrematada dentro da noite sedenta do prazer que toma teu corpo de mim, me dando, em troca, a altura desvairada dos meus gemidos, ensandecida que sou quando me tomas toda e eu, como que a pulular como uma gota d´água numa lâmina em brasa...não paro...de louca! E mais louco, tu, que de dás a loucura que gosto, que gostas! (jose valdir pereira)