Rompe, quebra, desbrava, conhece,
penetra, enfim...
adentra minha intima intimidade,
que, aos gritos, apegos e afagos, vai meu coração festejar tua invasão
desprevenida, mas tão pensada, amada e desejada e querida, nesta hora bendita;
segura minha mão e não deixa o silêncio tomar conta dessa hora, e sussurra algo
que se pareça com aquela canção que disseste ser tão nossa, para quando
chegasse a hora do amor ser realizado, feito e consumado e vivido, nessa hora;
e que vá se consumindo aos pouco, lentamento, o prazer que houver, que
sentirmos...e demorado, a ponto de não sabermos se já é noite ou se já é dia,
se é assim mesmo ou se demora, o grito da hora, da celebração, da aurora, da
plenitude do canto do amor que nos devora, nessa bendita hora;
Come a carne que te sacia, explode tuas emoções na minha acolhida, prova e
comete teu maior pecado, sedutor da minha virgem alma, mas que não te deixes
cair emudecido pelo prazer da carne comida, porque não me tens para adormecer,
nem eu fenecer, mas para viver a vida;
Toma-me, então, em teus braços, rompe meus segredos, liberta-me dos meus medos,
tira toda essa pureza que me tolhe de ser toda tua, e me liberta para o mundo
da carne, da tua sedução;
Não desperdices nem um pouco, nem do tempo, nem do prazer, nem dos beijos, nem
da carne, nem da alma, de tudo o que tiveres neste instante, e que esta a te
implorar ser domada, comida, possuída, amada...tua;
Vem e me faz tua debutante, desfaz as barreiras, e faz dessa primeira, a mais
inesquecível, a mais irresistível, para que todo amor seja sempre assim, desse
jeito, grande e sem limites, possuidor e possuído, e que conheça apenas o
começo e jamais o fim.
(jose valdir pereira)
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