Dá-me, ó majestosa rainha, dá-me o privilégio para amar-vos...não como quero, como sei, mas como desejai...
Como saberei, ó gloriosa rainha, se vos amarei, divinamente, à mercê das vossas quimeras? Como saberei?
Pelo jeito dos vossos murmúrios, pela aquiescência da vossa voz, pela leitura do vosso corpo, pelo tempo que dormirás depois que de mim, vos fartares...Assim, saberei...e pela essência que sairá do vosso corpo amado, nas vezes dos vossos sussurros e gemidos sagrados...
E outra: confesso-vos, nobre senhora; pouco importa que fim levo eu após a honra de vos conduzir ao céu, ao paraíso, aos encantos do amor, aos prazeres da vida...Se depois de tudo me vier a morte, por vontade vossa, que me venha...Que aspiraria a mais, um simples plebeu, após ter vivido instantes de amor nos braços de uma deusa?
O que me importa, se vós me concedes essa honraria, é que a tudo do porvir ora me alheio, porque já fui digno de vós, do vosso carinho, da vossa sagrada volúpia, da vossa maior riqueza: vosso coração, vosso amor!
Agora, majestade, só me vale agora, que me tomais aos afagos dos vossos braços, e me fazeis viver, ao morrer vosso senhor!
(jose valdir pereira)
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