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sábado, 27 de novembro de 2021

O desfecho dos ser semelhante na toca do criador

 


No princípio era apenas tudo. Com o tempo, nada mais.
No começo, tudo tinha a ver; com o tempo, não havia mais nada de ser.
No fim, já não tinha sentido nada; era o limiar do fim...
Não amanhecia mais... e quando vinha o dia, a noite perdurava. O sol se punha, tardiamente...

no princípio não era assim. Bastou-nos uns poucos dias para a criação... encheu os mares e o céu de estrelas... deixou de haver trevas... fez a luz... chegamos... um jardim - a pureza - a árvore do conhecimento - do poder - então, a desobediência - o labor, em seguida - da terra o pão, no suor e na semeadura no chão...O perdão, enfim!   

A ruptura outra vez...a torre de babel...águas arrebatando a vida...poucos em curso...à terra prometida...outra incursão à toa...mais outra...e mais uma insurreição para refazer a soberba do ser de outrora...em forma de perdão...

e, mesmo com a entrega à morte do filho ungido, nulidade e perdão de todos as transgressões, a nau segue sem vento, à deriva, e dessa vez mais vozes a soar na imensidão dos céu...

E no princípio era apenas isso: tudo... e com o tempo, tornou-se isso: nada mais...

 

(jose valdir pereira)



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