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sábado, 13 de novembro de 2021

Reflexões que nos guiam...

Nossas reflexões servem para nos orientar quando à forma de viver e quanto à existência no que respeita a amores vividos ou a viver, amizades com as quais dedicamos longo tempo das nossas vidas, e, principalmente, para, a partir de relacionamentos bem sucedidos ou não, tomarmos certas decisões ou fazermos certas caminhadas diferentes daquelas até então empreendidas, ou ratificá-las por terem sido tão boas.


Na amizade, difícil compreendermos porque nos dedicamos tanto tempo a cultivar uma amizade totalmente descabida e inconsequente. No amor, a mesma coisa. A pessoa que é justa, de um caráter ilibado, inimitável, cuidadora dos princípios e dos valores morais que devem nortear uma vida equilibrada e cristã, mas vem à pergunta: como conseguiu começar e prosseguir por um certo tempo a se relacionar com uma pessoa que teve um passado difícil, que não se desligou de sua forma de ser, acostumada com os palavrões na sua linguagem cotidiana, que não abdica de seus vícios sociais e econômicos? Pessoa que tem amizades com castas sociais incompatíveis com a sua, que não se preocupa com seu bem-estar social, e que são capazes de iludir àqueles que acreditam ser amados e queridos, onde o relacionamento está assentado apenas no amor e na boa amizade, no bem-comum e nas bênçãos de Deus.


Pode-se ver, basta conviver um pouco com certos amores ou com certos amigos, que, sem muita demora, a pessoa se manifesta, crua e nua, como sempre foi, apesar do disfarce assumido enquanto sua conquista estava em processamento. A mente humana é muito criativa. Mais para o mal, menos para o bem. Às vezes, como foi o caso da bomba atômica, desenvolveram algo para o bem e acabaram  utilizando-o para o mal.
Pois é!

Para essas pessoas, certa vez fiz um poema (crônica), e é à elas que eu o dedico neste momentos:

O AMOR, ESSE QUE É DE VERDADE


O amor, esse que é de verdade, mexe e move até as pedras.
Ainda não vi amor maior que aquele de Jesus Cristo por nós. Ah, quanto amor! E aquele que dá a vida à morte para que haja vida. Amor de quem por quem? Amor de mãe é assim. Amor de quem,verdadeiramente, ama, é assim.
Adoro ouvir uma criança dizer "eu te amo, papai!", "eu te amo, mamãe"! É que há verdade, e muito longe, lá no infinito, ela deixa a hipocrisia, a falsidade, a angústia que causa esse gesto inconsequente, de quem não ama, mas com doçura amarga diz amar...E o pior é que é mais fácil representar o gesto da falsidade do que exprimir o gesto da verdade, do indubitável amor! Já vi gente que ama de verdade ter acanhamento para afagar o coração da pessoa amada...


Ao contrário, para dizer que "é grande o meu desprezo por ti", "eu te odeio", nenhuma parcimônia é percebível...E sabe por que as flores choram nos jardins, conquanto belas, perfumadas e brejeiras? Dão mais importância ao consumo sexual do que ao romantismo que sempre reservou às flores, à elegância, à nobreza nos gestos e ao amor, a mais sublime e inenarrável maneira da entrega pelo coração, pela alma e pela essência da nossa natureza: amar! Do tanto que já amei, em vez alguma, foi tão melhor quanto àquela que começou por causa do amor...A entrega física, assim, simplesmente assim, suscita desamor e conspira contra o que de melhor mora no nosso coração: o amor!


Esteja sempre de mãos dadas com o amor em tudo que fizer; em todos os gestos que houver; em todas as atitudes, acenos e manifestações com os quais interage com o meio que o cerca. As flores vão adorar, os poetas vão ser mais românticos e eivados de lirismo e até os brutos, realmente, também vão amar!

E, em outra ocasião, fiz este outro poema (crônica) sobre o mesmo tema:



"ESSE, É O AMOR!"


O amor que não magoa, que não fere, que não faz chorar, que não deixa desprezar, que acuda e acolha...

O amor que compreenda, que ama, que chega junto, que perdoa, que volta pela mesma porta que saiu - e sempre - ; o amor simples ou, simplesmente, um simples amor; O amor que faz a partilha da alegria, da tristeza e que não rejeita a esperança de uma nova vida, quando tudo desaba e nos sentimos sozinhos, cheios de angústia e desolados; o amor do bom vizinho, da lavadeira, do homem que nos olha sorrindo triste a pedir uma gota de carinho; o amor de quem prega a palavra do evangelho, sem tirar nem por; da velhinha que passou e só depois notamos quem havia passado;


O amor de uma borboleta, de um passarinho, de uma planta, de uma flor; O amor dos anjos, das crianças, do homem de fé; do mendigo, do palhaço, da chuva, do céu, do mar; daquele que vem dos amores constantes, distantes, sonantes e dissonantes, mas firme e verdadeiro, sem fim e sem meias palavras; o amor do verão, da primavera, do outono ou do inverno, mas que seja pra valer; o amor que viva na pureza da alma, nos lagos longe do alcance dos nossos olhos, das mãos, mas que o sintamos no coração;


O amor que encanta os sonhos, os pensamentos dos poetas, os versos da poesia romântica, lírica; O amor que habita o coração das mulheres amadas, amantes e apaixonadas, e que se dão, se entregam por inteiro, corpo e alma, sem medida, como quer e deseja o amante, a amada; o amor que dá saudade, que explode de alegria ao ser reencontrado, porque pensava estar perdido; o amor que vem ao amanhecer, puro e singelo, verdadeiro e perfeito, à mercê das flores e do cheiro devorador; ah, gostoso amor!


O amor que vem e vai e que chega sempre em todos os momentos que o queremos, que nos suporta, comporta, importa, conforta. O da boquinha da noite, ou àquele que nos desperta quando os passarinhos e as manhãs chegam nos oferecendo um novo dia; o amor que saiba abrir a porta quantas vezes precisemos; que devora na cama, nos seus braços, abraços, beijos, suado, molhado, atiçado, a qualquer hora...


O amor que começa, mas não termina, muito menos numa mesa de bar, numa noite de luar, na sessão do cinema, no final de um programa; O amor da canção, que passeia nos acordes do violão, e o da insinuada fisgada nos olhares cavilosos, cheios da libido e de tesão, que escapuliram do coração; o amor pela natureza e de tudo que nela há e dela vem; o amor da amizade, da mulher que amamos, dos nossos filhos, dos pais; o amor de todos...

Enfim, o amor de Deus, esse, nosso maior e melhor amor!

O amor de um poeta sonhador.

(José Valdir Pereira)



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