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quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Não é meu verso instrumento de sedução...

 



Não é meu verso instrumento de sedução;
pode ser, isso sim,  de felicidade, alegria
e de afagos ao teu coração.
 
Não é porque eu te fiz versos bonitos
que te amo ou que vislumbre, n´alma pobre
minha e dorido coração meu,
a possibilidade de haver algo entre mim e ti;
 
tu mereces este endeusamento todo,
porque tu és formosa e divina e, inegavelmente,
tão majestosa que não ouso atrever-me a querer-te
neste momento e, mais que isto, desejar que sejas minha,
hoje e sempre; estás além do meu querer dos meus desejos!
 
Ah, sabe de uma coisa!
Amar-te é como amar a uma flor
A flor, deixo-a sempre onde está
para que sua beleza e seu perfume deem o encantamento,
o deslumbramento que precisa a humanidade ter e sentir;
 
Então, não é meu verso instrumento de sedução;
pode ser de felicidade, alegria, afagos ao teu coração;
cabe tão-somente à esta humilde expressão de amar e de amor,
externar o que quer ouvir teu coração, e o que o meu sabe mais dizer,
que és uma mulher encantadora, de olhos sedutores, corpo amoroso,
porte divino e lábios que sonho beijar.
Mas, não quero que sejas minha;
já tenho as flores; já tenho a quem amar!
 
(josé valdir pereira)


Loretta Young for Vanity Fair, 1933.  Photo by Edward Steichen.

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