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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Nos meus áureos anos da minha vida

Após certo tempo,
mesmo ainda quando o jardim está florido de beleza sem igual, e exalando o melhor dos perfumes, cuja essência inebria qualquer alma desolada, até a mais ferida e desguarnecida, e encanta os transeuntes que passam, até mesmo os menos atentos às belezas da criação, no tempo em que o que importa é a qualidade dos momentos, porque precisamos de bem-estar, não mais apenas de lampejos e de instantes, nos damos conta que é chegado o tempo da mais doce e pura existência, àquela que agradecem a alma, a mente, o corpo e o coração.

Então, passamos a nos sentir bem quando vivemos entre pessoas gentis e cheias de pureza na alma, com nobreza nos gestos, àquelas que sabem viver o exercício da benignidade, da beleza da elegância no trato das coisas do dia a dia.

Difícil mesmo para quem chegou a esse tempo, o tempo da paz e da tranquilidade existencial, estando no tempo de desfrutar a vida, aproveitando, ao máximo, tudo de bom que ela tem de melhor, conviver com os adversos, os diferentes, os que jamais se importaram com as boas maneiras, as regras do viver em sociedade.

Costumo dizer que os gatos e cachorros são "a cara de seus donos". mesmo assertiva para os filhos, a maioria. Porque, há aquela exceção, às vezes, em uma família de dois ou mais filhos tem sempre um que é diferente em quase tudo. diferente para melhor.

Há que pensar, alguns, que não é bem assim. Bem, Confúcio dizia que o problema do sofrimento é que sempre somos obrigados a coexistir com os comuns, ou seja, com aqueles que esforço algum faz para elevar seu espírito, tornar-se pessoa educada, capaz de usar gestos e atitudes gentis e nobres, quando a ocasião requer, ou sempre e sempre, invariavelmente.

Elegância e beleza, no ser, no fazer. É quase que impossível alguém sem educação, não aquela que tem origem nas escolas, mas aquela que vem do berço, de pais educados e preocupados com a formação integral de seus filhos, tratar o próximo com gentileza, ser altruísta, benevolente, amável e educado.

Então, após certo tempo, principalmente quando chegamos àqueles momentos aos quais queremos nos dedicar a vivê-los com alegria e bem-estar, fica impossível conseguir a paz e o amor existencial que nos propomos, se vivemos com os comuns, com aqueles que nenhum esforço fizeram para sua educação como cidadão consciente de seus deveres e contribuir com a felicidade dos outros e desfrutar do direito inalienável que tem de ser feliz.

Que não me perturbem, os comuns, quando eu estiver desfrutando dos meus áureos anos de minha vida.

De certa forma, aos poucos, estou ficando intolerável, insuportável, sem paciência, com os comuns. Ou seja, com aqueles que não sabem ser gentis, não são educados, que não tem modos, com aqueles aos quais tanto faz como tanto fez, isso ou aquilo. Nossa! Como esses me perturbam.

P.s.: não consegui acumular sabedoria para tolerar o intolerável. Sua educação, sua gentileza, sua nobreza, na alma e no coração, me conquistam e me fazem seu servo, no amor e na vida, em tempo de paz e em tempo de guerra.
- jose valdir pereira -
 


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