Quem sou eu

Minha foto
Um Blog de poemas e crônicas feito especialmente para você, que tem bom gosto!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Da aspereza da ignorância

 

É tudo tão viril e abrasador no limiar, que chega a queimar o coração. Há aquele aperto na alma e a luz que acende a vida começa a mostrar-se cheia de falhas, em um acender e apagar-se constantes, como se quisesse ir embora, para no seu lugar, existir a amarga lembrança do amor que existira.

Tal qual a flor que no alvorecer de sua existência se apresenta airosa, bela e formosa, cheia de encanto e vida, mas que, com o passar do tempo, como lhe é destino, vai se definhando, perdendo seu brilho, seu perfume e sua beleza pueril e divina.

Assim como o caule da planta que ostenta orgulhosamente a frondosa copa que lhe doa beleza, porque sem ela ele não passa de um nada ereto, o amor deu-lhe brio e nobreza, momentos de ternura e prazer, fazendo-o sentir-se um nobre senhor na vida que lhe era o bem mais precioso entre tantos. Um amor sem o qual ele seria um nada, apenas isso.

É como a vida que tanto encerra o amanhecer e a sua ausência, no crepúsculo, a sentir-se longe da luz, à mercê da escuridão, que apaga o brilho da alma, deixa em letargia o amor no coração, ao se recolher para submeter-se, depois, às possibilidades de um outro renascer.

O que pode ser a vida, o amor, a paz e a esperança, do lado de fora do conhecimento, da experiência e da fé?

O tolo, o tosco, o obtuso, o alheio àquilo que deixou de ver e de sentir enquanto o caminho era iluminado e eivado de sabedoria, flores e uma infinidade de bons exemplos, de como poder aproveitar ao máximo o momento supremo de sua existência, vê-se, ao final, um desidioso, tragado por desrespeitar a importância da sua condição de ter sido concebido sob a sagrada bênção de ser a imagem e semelhança do Criador.

- jose valdir pereira –


                                                                         Sue Foell

 

 

Nenhum comentário: