quarta-feira, 8 de novembro de 2023

De José Valdir Pereira a José Valdir Pereira

 


...De uma dessas cartas que envio, de quando em vez, a mim...e não leio...porque, na verdade, ela é endereçada a você.


Antes que outras palavras sejam escritas, deixa que estas que seguem digam do estado glorificado do meu coração;


porque quão feliz me deixaste pela nova obra literária de tua alma, nascida do teu coração de poeta, que vais nos brindar, com tuas palavras profanas e sagradas.


O poeta é tão difícil de ser descrito, porque, quanto mais se mostra menos se deixa ver... Não sei se é o que quer, mas parece...Não? Por isso, é um artista... das palavras!


Não! Sim! Ou seja: na verdade, o poeta é tudo que não escreve e, se é algo que escreve para ser, não sei...

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Dificilmente percebemos sua essência, porque não alcançamos a pureza da sua alma e nem o amor que carrega seu coração...quando escreve, por causa das incursões que faz ao vasto mundo de prazer, ilusões, desejos, sonhos, medos, verdades e utopias, faz sua viagem encantada e sozinho... e, vez ou outra, só quem compreende sua poesia, o acompanha sentindo suas dores, sua agonia, prazeres, perdas, sucessos, nostalgia e sua vida.


Eis que, assim, apercebe a melodia, a canção, dos versos contidos na sua poesia. Mas, como ele, cada ledor, dá a versão que abraça sua alma, seu coração, naquele momento, naquela circunstância.


O poeta, não faz versos sob encomenda e nem é poeta quem faz poesia à revelia da alma e do coração. Não é poeta quem se submete às regras da razão! A poesia nasce de forma descompromissada, e longe de ter sido fruto de uma ação planejada. Tanto é verdade que ninguém mais aborta que o poeta.


Quantas folhas à lixeira, com poesias inacabadas, inspiração interceptada, coitos interrompidos...

Quando juntas tuas poesias que formam teu novo poetar, sente e descobre apenas um pouco do poeta que és...não porque és pouco poeta, mas devido a grandeza do teu ser poeta. Entrar no teu mundo é aprender a olhar, de forma diferente, as verdades, os segredos, a feiura, a beleza, a nobreza e a pobreza da vida.


Feliz de quem puder contar com tua companhia ao te ter, onde tu te entregas à tua nudez e à tua pureza de não ser, nos teus versos, na tua poesia.


Fico feliz por ter tido este privilégio.


Parabéns!
[José Valdir Pereira]

 


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