terça-feira, 21 de novembro de 2023

Lançamento do livro da educadora Maria Luisa Barbosa Chaves, no salão nobre da ALE-CE - Palavras do autor




Excelentíssimo presidente da mesa, deputado Nesinho Farias
Ilustríssima jornalista Adísia Sá

Hoje estamos vivendo mais uma vez um daqueles momentos que tem tudo a ver com a homenageada.
Ali está ela.
Chegando com aquele sorriso estampado no rosto.
Olhar acolhedor.
A paz e a ternura lhe acompanham.
Ela me cumprimenta: Oi Valdir, tudo bem?


Ali está ela ao lado de sua amada mãe, Dona Carmem, companheiro de todos os tempos.
Ela está a olhar aos arredores, como se quisesse saber se está tudo em ordem. Se está tudo bem. E está. Ela fez de tudo para estar.

Ali está ela. Tem em suas mãos, o giz e o apagador.
A olhar, ali estão eles atentos ao que ela vai dizer.
São aqueles que tudo dela esperam. Que sabem contar com de um ser de mente privilegiada, coração de outro, alma sagrada.

Ali vai ela. Cabisbaixa e reflexiva.
Talvez pensando de como poderia resolver os problemas do mundo: a seca, a fome, a ausência do saber...

Eis que a vemos incansável na luta, vencedora de grandes batalhas. Uma guerreira. Ali está ela. Olhem-na bem. Já, já vai lhe pedir algo, não para si, mas para atender às necessidades de muitos corações. E ela não desistirá fácil. O seu intento é transformar você em um anjo de Deus, pronto para servir ao próximo.

Não olhes para longe e nem queiras vê-la alheia aos gritos dos mais pobres, da criança carente e daqueles adolescentes cheios de sonhos. Não é uma irmã Dulce e nem uma Madre Tereza de Calcutá. Longe de querer compará-la a essas divinas santas. Mas sempre foi uma de suas seguidoras. A exemplo do seu bisavô Geminiano Maia, o Barão de Camocim, do seu avô Maximiano Leite Barbosa Filho e de seu Pai Lauro Vieira Chaves, e de sua amada mãe Carmen Barbosa Chaves, ela nunca se furtou de prestar importantes serviços filantrópicos.

E todas as homenagens que sejam realizadas, jamais serão suficientes para alcançar sua nobreza e a singeleza de sua alma e do seu coração. Apenas a tornará inesquecível, sempre lembrada, referência para a juventude que hoje vive em um mundo carente de bons exemplos.

Hoje entrego a vocês meus 10º livro. Já tenho alguns livros que me enchem de orgulho. Que me afagam o coração. Que os tenho como a expressão maior da minha vida. Mas nada se compara ao prazer de ter sido escolhido por Deus e autorizado por ela a fazer sua biografia, que intitulei “Maria Luiza Barbosa Chaves, mais que uma biografia, uma história, uma vida.” Porque uma biografia, apenas uma, por mais extensa que seja, jamais esgotará a história de sua vida, a obra que ela construiu nesses 83 anos de vida.

A idéia nasceu há muito tempo. Desde quando me deparei com aquela mulher que se dedicava ao trabalho como quem fosse morrer amanhã. Como se o tempo fosse sempre insuficiente para o tanto que queria fazer. Sua modéstia não permitiu, até os últimos dias de sua vida, que eu a escrevesse. Mas, nesse particular, nunca lhe dei ouvidos. E já vinha escrevendo sobre sua história de vida, há algum tempo. Até que, certo dia, já sabendo que o convite que Deus lhe fizera para sua viagem para o céu era inevitável, inadiável, ela me autorizou a escrever e a publicar uma biografia sua, durante uma visita que lhe fiz, quando em sua companhia estava seu filho Bruno de melo Barbosa Chaves.

Aqui está um pouco da história de sua vida. Desde o tempo do aparecimento do seu bisavô, o Barão de Camocim, até o dia 6 de outubro de 2015, quando ela foi acolhida pelo Tempo do Divino Espírito Santo, a quem ela se referia em tudo que fazia e havia feito.

Quero agradecer a esta augusta casa, na pessoa do seu Presidente deputado José Sarto, ao deputado Nesinho Farias, autor dor requerimento à presidência da Assembleia solicitando autorização para a realização desta homenagem, à família da biografada, em especial ao filho Bruno de Melo Barbosa Chaves, a professora Maria Luiza Mota Machado, a revisora do livro, aos membros da comissão formada para assessorar o autor no trabalho referente à elaboração do livro, nas atividades de pesquisas, entrevistas e coleta de material fotográfico, vídeos, livros e bens pessoais para a Amostra “Doces Memórias”, onde teremos contatos com mais alguns momentos vividos pela biografada. É oportuno, também, agradecer o carinho e a disposição da professora Maria Cecília Chaves Machado, irmã da homenageada, pelo trabalho de revisão da obra, representando a família, com o fito de dar fé e atestar como verdadeiro tudo aquilo que o autor havia escrito e narrado acerca da biografada e família. Não estaria certo, deixar de agradecer ao pessoal do Memorial e do INESP da Assembleia Legislativa do Ceará, pelo apoio e incansável dedicação aos serviços necessárias à realização desta tão importante e oportuna homenagem à uma das maiores educadoras do Estado do Ceará. E bem certo, é certo, destacar a nobreza e a singeleza da jornalista Adísia Sá, quando, por duas vezes, deu a honra ao autor de estar com ela a conversar sobre a vida da Maria Luiza, cheia de contentamento, entusiasmo e dedicação. Não esqueço suas palavras: Valdir, ainda bem que você lembrou-se de fazer essa homenagem à sua amiga. Isso tem sido tão raro nos dias de hoje...

Por tudo isso, agradeço a ajuda de todos, destacando a participação efetiva e constante da grande amiga da Maria Luiza, Maria Lusiane Cavalcante, sem a qual a missão seria difícil de ser realizada. Foi através dela que pude colher os mais variados depoimentos vindos dos corações dos amigos da homenageada, de norte a sul, de leste a oeste deste Brasil, e de outros pises, lugares por onde Maria Luiza passou, amou e foi amada.

Foram quatro anos de árduo trabalho, mas, também, cheios de alegria e de boas lembranças, dado o contato que fomos desfrutando ao longo desse tempo.

Daqui a pouco passarei às vossas mãos o livro “Maria Luiza Barbosa Chaves, mais que uma biografia, uma história, uma vida!”, para que conheçam, em detalhes, o quanto foi importante o legado que nos deixou Maria Luiza ao passar por esta terra, onde tão bem soube viver e servir.

Agradeço a atenção de todos e que deus nos abençoe.
Obrigado, Maria Luiza, pelo legado que nos deixou.
Que Deus esteja a lhe recompensar, com amor e com uma abençoada acolhida.
Amém.


jose valdir pereira












Nenhum comentário:

Quando fores me amar

  Quando fores me amar, meu amor, me ama devagar, sem alarde e como que se eu fosse teu primeiro amor, porque, feito tal, me verás como a ...