Quando fores me amar, meu amor, me ama devagar, sem alarde e como que se eu
fosse teu primeiro amor, porque, feito tal, me verás como a uma virgem, um
botão desabrochando, uma flor;
Quando
fores me amar, primeiro me beija, faz carícias ao meu coração, sussurrando
palavras de afeto, diferentes daquelas comuns, mas não berra, porque adoraria
ser tratada como uma deusa, uma dama, teu grande amor;
Quando fores me amar, que não me ames de qualquer jeito, mas que seja tal o
jeito, que eu não queira por nada terminar; que passeies no meu corpo, dando-me
a sensação de que estás a conhecer teus pertences, teus abrigos, teus
aconchegos;
Ah, meu amor, quando fores me amar, não te apresses e sejas paciente,
cavalheiro e gentil; toma-me primeiro em teus braços, toca minhas mãos,
acaricia meus lábios, meu rosto, e pede-me um beijo;
Mas não te esqueces, meu amor, de dizer que me amas, que és todo meu, que nada
te vale mais que eu, que somos feitos um para o outro e que teu amor é só meu;
Sabe,
amor, quando fores me amar, me ama como se fosse a última vez, como se não
houvesse amanhã, como se nosso amor fosse proibido, como se tu fosses meu
senhor e eu tua deusa;
Quando fores me amar, lembras que poderá ser minha primeira vez, e tu, meu
primeiro amor; a minha primeira entrega, a realização de um desejo sublime,
maculado, puro que para ti me guardei até hoje com todo meu amor;
Quando fores me amar, não esqueces, meu amor, das flores, da fragrância do
perfume das rosas, da nossa canção, e do quanto é grande o nosso amor;
Não me ama assim, sem mais nem menos; ama-me mais e mais e nunca menos - toda
vez, no alvorecer, toda vez quando entardecer, quanto eu te olhar sorrindo,
quando eu estiver triste por não entender os percalços da vida, a súbita
presença da morte, a ida, a repentina ida da alegria por causa da noite sem
luar, do sexo sem amor, da vida sem romantismo, da canção sem poesia;
Ah, meu amor...Quando fores me amar...
Para minha amada
jose valdir pereira
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