sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Assim, você não vai conseguir...Nem eu!






Portrait of a Partially Draped Young Girl. Gustave Jean Jacquet (French, 1846-1909)


VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR DESSE JEITO...nem eu!

 Você não vai conseguir amar desse jeito;
deixe que sua alma se desnude,
seu corpo se descubra, e você,
se torne virgem e pura como fora tantas vezes;

primeiro para você e depois, então, para mim...
a entrega, a inclusão, a inserção de um coração noutro,
se dá no vazio da existência, no limiar de uma nova vida...
do nada, a partir do nada, é que há o começo,
a construção de um no outro, do coração aberto, 
do corpo aberto, como a uma cereja na boca,
a um olhar lânguido, a uma flor molhada pelo orvalho da manhã,
como se fora toda amada pela madrugada adentro;

um sussurro de prazer, o prazer de um sussurro, um prazer da carne,
batidas agitadas vindas do coração no momento do êxtase, da oclusão,
os dois corpos acoplados em pleno chão,
assoberbados pela paixão,
amantes em ebulição, se dando, se dão! 

  (jose valdir pereira)

Convida-me!



Frank Dicksee

Convida-me para estar nos teus sonhos, pelo menos, nos teus pensamentos...
Entra na minha vida, percorre meu caminho e encontra-me na próxima parada...
Faz acenos, dá-me o sinal dos teus passos para que possa segui-los, e a ti...
Não deixa outra noite chegar sem que possamos ver as mesmas estrelas, sob o mesmo luar, ouvindo a mesma canção de amar...
Convida-me para estar nos teus sonhos, nos teus pensamentos, a querer-me nesse teu deslumbramento...
Estende tua mão, abre teu coração, acolhe-me nos teus braços, agasalha-me no teu sorriso insinua querer-me a te amar...Não esperar. 
Convida-me a estar nos teus sonhos e depois, de verdade, no teu abraço!

(jose valdir pereira)

Não te quero...






Não te quero para que sejas minha;
quero-te para que fiques comigo;
para que caminhemos até ali, ou enquanto der, ou quem sabe, não sei até onde...
...e... e até quando...
Só sei que não te quero para que sejas minha...
mas para que caminhes comigo a minha caminhada...
Até onde der...
...e eu, doce amor, a tua...
Enquanto houver caminho!
(jose valdir pereira)




Então, o amanhecer...


vem todos os dias me lembrar 
dos meus melhores pensamentos, 
porque havia desejos, todos,
de despertar ao teu lado...
cheio de amor...
...amado...amante!

(jose valdir pereira)



Venha, para que eu te ame assim...



Fui direto, toquei-a profundamente, desci meus lábios em seu corpo a partir dos seus  seios e minhas mãos, sutis e suavemente, tocavam todo seu corpo, invadindo-lhe a tão cobiçada ternura guardada...

Não houve pressa nem ansiedade no caminho do nosso prazer, daquele ardente e quente...Apenas, no limiar, alguns tímidos sussurros, porque a boca já sabia por onde estar e que caminhos percorrer, onde parar e o quê fazer...

os gritos e alaridos foram guardados para o final...poucos murmúrios se ouvia, até porque tudo estava sendo feito, permitido, incontido...

Os olhos não se abriram porque, por mais que quisessem, o que importava era seguir, seguir, e sempre seguir, por onde quisesse o prazer, e até onde outra entrada fosse descoberta e acolhesse o percurso dos desejos...

mesmo que ofegantes e à mercê do iminente esmaecer, os corpos suados, molhados e cheios de puro amor, se tocavam mais que das outras vezes, e como que falassem, expeliam gemidos e já eram um só, porque mãos, bocas, pés, línguas e dedos se encontravam na mesma dança, no mesmo compasso, numa só eclosão...

...e depois, algum tempo depois, um a querer mais, o outro também, apenas se olham, como quem quisesse dizer que seria interminável aquele momento de prazer, de amor, de entrega e de paixão...

Recomeçar? Era o jeito...e foi tudo outra vez... mas os gestos, jeitos e pegadas dos amantes, tudo diferente; apenas os mesmos corpos, as mesmas bocas, as mesmas mãos, almas e corações, se assemelhavam àqueles que, alguns divinos e prazerosos instantes atrás, descobriram as delícias do sublime amor, da irrecusável paixão...E estavam como que não fossem os mesmos...

Venha aos meus braços para que eu te ame assim...ou mais!" 

(jose valdir pereira)

“Whisper In My Ear”, Bart Lindstrom

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O belo me encanta...




Porto Velho-RO


O belo me encanta... 
Curvo-me diante dele como me curvo diante dos gestos de carinho 
e dos gestos de amor...
E, porque amo a mulher elegante, nobre e de gestos educados, 
torno-me seu vassalo...

(josé valdir pereira)


Quando passei pela sua vida...






Fortaleza-CE

Quando passei pela tua vida, discretamente, 
como se te visse passar pela brecha da janela da minha, 
da minha vida, não tive dúvidas que ali estava meu grande amor; 
o problema é que tu não sabias que eu pensava assim... 

Então, as flores não saíram de mim, 
não sentiste meu perfume, 
não vivi o prazer dos teus beijos 
e nem senti a suavidade do teu corpo acalentar minhas mãos... 

Então, o amanhecer vem todos os dias me lembrar dos meus melhores pensamentos, 
porque havia desejos, todos, de despertar ao teu lado, cheio de amor, amado, amante,
nos teus seios, no teu corpo, na tua boca, toda, sem reservas e sem limites! 

(jose valdir pereira)


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Conservas esse amor que tens no coração...






DO SER AMOROSO


Conserva essa amor que tens no coração; demonstra que gostas de ser amada e de amar; mostra-te ao amor que cultivas, ao que te entregas, ao que te faz viva, vida... Trata-o com se fosse uma flor em tuas delicadas mãos, enchendo suas pétalas de afagos e ternura e de vida;

não deixa de regá-lo, querê-lo sempre, e dele cuidar como cuidas do teu amigo diário, esse companheiro e indispensável confidente de todas as horas; ao teu amor, mesmo o que demora a chegar, ou que tarde chegou, faça-lhe carinho, dê-lhe motivos para se sentir feliz, nada peça e nem lhe faça cobranças; o amor não é um negócio, uma troca; dá quem o tem e o recebe quem ama, quem é amado...

se não tens a quem amar e se não és amada, deixe que teus olhos, teu sorriso, teu jeito de ser e de viver, teus gestos, digam por ti... às flores, aos amigos, aos que admiras e queres bem...É aí que nasce a esperança...do amor que queres, que virá, que chegará para te amar e ser amado...


mas, não te preocupes, exageradamente, com isso. Todos vêem e sentem quando há um coração sozinho e entreluzindo no azul celeste do universo, morada do suave, sutil e sensato amor...não todo e qualquer amor que imaginamos haver no coração...mas o amor maior...


a presença de um coração amoroso, cheio de nobreza e romântico, chega sutil e sem alarme; é quieto e sábio, pois sabe vencer o tempo e a espera, e não se perde na agonia da demora, da entrega inesperada e sem horizonte.

Conserva esse amor que tens no coração...
És tão bela e airosa... 
Tanta ternura e carinho tens no teu olhar...no teu sorriso...no teu jeito de andar...


E são tão singelas tuas mãos, teus pés, teus lábios, teu olhar...

...e quando caminhas, tem teus pés a graça das nuvens que beijam o céu e a singeleza do vento que sabe tocar com ternura as pétalas das flores que vivem nos altos penhascos das mais longínquas regiões montanhosas...

tu és a canção que dá felicidade, que dá alegria à natureza e que faz os passarinhos entoarem seus cantos de amor...quando estão apaixonados...despertados por ti...

tudo em ti é esplendor, graça e amor! 

Então, que o amor te encontre assim, do jeito que és...do jeito que tens que ser amada e amar! Porque tu és o próprio amor disfarçado de amor - a ser descoberto pelo amor que vem ao teu encontro - para ti, por ti e para sempre!

(jose valdir pereira) 

Alicia Silverstone





Não temos motivos...






Não temos motivos para que a tristeza, quando aparece, perdure, se temos amigos... 
Você já notou que, de repente, não raro, é um amigo quem aparece? 
Não é preciso que hajam amantes para o amor sobreviver... 
É preciso que sejamos amantes de nós próprios... 
Senão, não vamos saber amar! 
A mão amiga, um coração gentil, um jeito especial de ser, de amar, faz a diferença... 
A amizade tem mais valia... 
É capaz de gerar grandes amores... 
O amor com amizade fortalece o amor à vida! 
A eternidade do amor está na paz e na confiança que ele inspira! 
Ninguém será um grande amor se não sabe cultuar uma grande amizade!
(jose valdir pereira)





Poema do adeus


Details of Pea Blossoms, 1890, by Edward Poynter (1836-1919)




Eu tenho insistido muito.
Chegando até a lhe perturbar.
Tenho dito muito de mim.
Os meus sentimentos, já os externei de diversas formas.
Eu sei que tenho sido muito determinado,
persistindo sempre.


 Você, apesar de corresponder, a seu modo,
alimentando o que sinto e o que quero,
sei que não pode, por várias razões,
ser como eu gostaria que fosse.


 Assim, estou eu de um lado,
coexistindo com essa angústia de não poder realizar os meus desejos;
do outro, você, que não tem as forças necessárias para ouvir o seu coração;
talvez, também, contida à uma angústia um tanto quanto semelhante à minha.


Enfim, se nos queremos e não podemos concretizar nossos desejos,
que clamam nossos sentimentos, é preferível não deixarmos ser.


Você tem sua vida traçada e o tempo demonstrou que,
no presente, ela é e jamais deixará de ser.


Eu sigo a minha de acordo com o caminho que devo percorrer.
Adeus!
(josé valdir pereira)



Meu Ser Criança (A ti, Várzea Alegre!)




MEU SER CRIANÇA

  

Veio o anoitecer,
adormeci e acordei em sonho,
num mundo envolvente de inusitado esplendor.
Deixei-me reviver a infância,
e no meu ser criança
revivi amor.


Reencontrei revestido de luz, meu pequeno barracão,
pássaros livres gorjeando saudades,
harmonizados num só refrão,
minha Várzea Alegre ensolarada,
meu Coqueiro em ascensão,
minhas alegres caminhadas,
revi noites enluaradas,
meu futuro em minhas mãos,
meu quintal arborizado,
meu brincar envolto ao chão,
meus queixumes em cada canto,
cantigas de São João.

E presente no passado,
na aurora da minha vida,
sentindo minha inocência invadida,
e confundida num fulminante crescer,
revi vestígios do meu ser criança,

que jamais pude esquecer.

jose valdir pereira 



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Para que caminhes comigo...





Não te quero para que sejas minha;
quero-te para que fiques comigo;
para que caminhemos até ali, ou enquanto der, ou quem sabe, não sei até onde...e... e até quando...
Só sei que não te quero para que sejas minha...
mas para que caminhes comigo a minha caminhada...
Até onde der...
...e eu, doce amor, a tua...
Enquanto houver caminho!
(jose valdir pereira)



domingo, 11 de dezembro de 2011

Nada além do que me foi dado ter e ser...




Não te preocupes comigo!
Nada quero meu, além do que me foi dado ter e ser!
Então, nem tua mulher, nem tua riqueza, teus castelos, 
sonhos e conquistas, nada cobiçarei...

Prefiro ter pouco e ser livre, 
a ter muito e ser prisioneiro.
E embora seja tão humano quanto és, 
prefiro servir a ser servido...

...e precisar não é ser menos; precisar é criar a oportunidade para alguém praticar um gesto de bondade.
Assim está escrito..
Não te vanglories porque podes dar um copo d´água.
Está escrito: se não houvesse quem necessitasse, de que valeria o teu poder,  
tuas posses, tua riqueza?

Entendas apenas isso: 
se um copo d´água e um pedaço de pão são suficientes para alguém sobreviver, então, só isso, nada mais que isso, lhe basta!


(jose valdir pereira)





Acolhe o próximo no teu coração




Toma teu próximo em teus braços e o acolha no teu coração; 
ama-o como a uma flor e o queira bem, muito bem, com amor; 
todo o bem do universo te procurará para, na tua alma se agasalhar, para te proteger; 
porque, em tuas mãos, em teu coração, o amor, o bem crescerá... 
todas as flores te darão vida, perfume e cor; 
terás mais sorriso, que dor, mais alegria e mais amor. 
Acolhe: com um sorriso, com um aceno, com um doce olhar. 
Acolhe! 
(jose valdir pereira)


Não pensei que pudesse te amar...


Catherine Deneuve on the set of Mayerling, 1968



Não pensei que pudesse te amar; ainda mais tanto assim...
dava-me feito fogo sem chama, apenas brasas acesas...
agora que me queima todo, a paixão, não estranho se te disser que te amo...
mesmo nesse calor de verão assolador...
e eu pensei que fosse ela, a primavera, a estação do amor...
...então dei-me conta que o amor não tem...estação!
Tu acreditas? Mas é verdade...
Nasceu, simplesmente nasceu...
não sei qual semente, nem em que momento...
Talvez, quando nem pensávamos nessa possibilidade...
É desse jeito, o amor...
de vagar, sutil, sem alarde, mansinho, vai chegando, e acontece!
Não sabias? Nem eu!
Por isso, o príncipe e a plebeia, o mendigo e a princesa...
Vai entender o amor!
(jose valdir pereira) 


sábado, 10 de dezembro de 2011

Dos teus delicados gestos...




Teus delicados gestos afagam meu coração... 
Tua ternura dá-me sentido à existência... 
só me faltam sentir teus beijos...
mas já os imagino... 
a doçura... 
sinto-os! 

(jose valdir pereira)








sábado, 3 de dezembro de 2011

Porque és gentil...




Porque és gentil e tens nobreza na alma, por isso, nos gestos...
Porque tu amas com intensidade, alma, corpo e coração...
porque tu és tão bela como o são as pétalas de uma flor.
Meu tenro amor...
Meu desejo de amar...               

 (Jose valdir pereira)

...da tua vida, do teu amar!





Eugene Vincent Vidale - “Jeune fille allanguie”(1844 - 1903)


Ainda preparando minha jangada, 
conversando com o mar, 
acertando com o tempo, 
pedindo ao vento, 
e tramando com o coração,
em que porto aportar.


Escolhendo as palavras, 
idealizando o momento, 
com quais flores, 
e o quê e como falar.


Já quase tudo pronto, 
não vejo a hora de chegar.
Para estar teu alcance, 
ao alcance das tuas mãos, 
dos teus olhos, dos teus lábios.

Da tua vida; do teu amar!

(jose valdir pereira)







Por que és assim, assim, tão mulher?



Soprano Jenny Lind-by Eduard Magnus, 1862


POR QUE ÉS ASSIM, ASSIM TÃO MULHER...

És tão dependente de atenção, de carinho, de afagos e beijos de amor, da mão amada a segurar tua mão, do perfume que gostas de sentir exalado do corpo do teu amado, da tua convicção de que és bela, formosa, a própria diva do amor, a companheira indispensável, amiga e valiosa; 

És tão suscetível ao desejo de servir, cativar, cultuar, cultivar, amar, cuidar, recomeçar, refazer, encarar, prosseguir, recuar se preciso for, sem, no entanto, desistir...

És tão presente, a escolhida para perpetuar os desígnios de Deus, velar pela natureza, a única criatura de incontáveis fôlegos, vidas; a única comparada às flores, pela perfumação da tua fragrância e pela deslumbrante beleza que tens...

És tão desejada, mas tão inacessível, que sem os recursos das artes e das seduções, homem algum chega ao teu coração... Se chega, porém, és fiel, leal, sem igual, amante e um oceano de amor, carinho; um tesouro cobiçado e que todo homem quer; Por que és tão assim, assim, tão mulher?
(josé valdir pereira)





Tão somente a te amar...



Guillaume Seignac,The Awakening of Psyche (detail) 1904.


Vou pintar o mar todo de azul, o céu e a relva dos campos...do teu jeito...então, tu vens e serão todos teus...e serás toda minha!
Até o vento, as flores e a chuva...
E, se quiseres, o canto dos passarinhos, todas as borboletas pintadas de azul, e todos os beija-flores...
Terás uma rede feita de plumas e eu a te embalar...
Terás riachos com águas cristalinas e perfumadas pelas pétalas das flores que sairão do meu jardim...
Terás manhãs ensolaradas e uma carruagem , e eu, seu boleeiro...
...e ao entardecer, o sol já se aninhando no poente, terás viola e canções de amor para teu coração...
Terás a mim...a te amar, indelevelmente!
...sem importar o tempo...
Tão somente a te Amar!
(jose valdir pereira)





sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O vazio




Sofro com a ausência dos amores que amo, 
com a solidão que me enche de um amargo vazio cheio de melancolia; 
mas ainda tenho, por companhia, a esperança de que tudo vai passar, 
e que, no próximo instante, serei feliz! 

E não é pra menos - é tudo tão possível! Sinto algo mexer dentro de mim...
Sinto minha alma se iluminando e meu coração mais animado - sinto, enfim, 
que há vida; que tenho passos... 

...e passadas a dar... um caminho a caminhar... 
e tempo, sim, muito tempo, e muito amor para amar...

 jose valdir pereira 





Nada é para sempre...



                                                
Brigitte Bardot



É verdade!
Mas é preciso entender que não devemos querer nada para ser eterno.
Bom mesmo é viver tudo enquanto tudo for intenso.
E é preciso se ter consciência disso, para não haver surpresas.
O melhor mesmo é viver intensamente o amor presente, do momento, 
fazendo esse momento inesquecível, imorredouro, arrasador.

 (jose valdir pereira)



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Além de tudo, mais que amante...




Diana leaving her bath, nd, oil on canvas, 
 Guillaume Dubufe (Édouard-Marie-Guillaume Dubufe), 1853-1909



...Que haja, meu amor, chuva para teu corpo molhar...
quero ver-te molhada...

...e que o sol da manhã toque teu corpo suavemente...
quero ver-te assim depois, correndo feito corsa indomada...

...Quando deitares, sumária, instada e tomada pelos indomáveis desejos, quero que tenhas em tua boca a doce ameixa tomando de ti a doçura dos teus lábios vermelhos...

quero que a dês pra mim, e que venhas ser amada nos meus beijos...
...e que a noite impeça a chagada do amanhecer, depois disso...
quero que ouças os gemidos do teu amante domado...

...Que toques meu corpo com a ponta da tua língua, muitas vezes, molhada de desejos, nas curvas e retas espargidas em mim...

...que teus seios toquem minha boca, e que espalhes em meu corpo o teu prazer atrevido, incontido, solto, livre e aguerrido...

...agora, que estás estendida e derramada sobre teu leito, deixa que meus beijos embalem teus desejos, antes de dormires...

...Estaremos entre as flores, que cuidam de ti, de nós, enquanto dormes nos meus braços, depois do êxtasiado amor..."

(josé valdir pereira)

...E já tão vazia...


AÍ, JÁ NÃO SOMOS NÓS...

...Ai, você some e eu sumo;
então, nos perdemos de nós;
depois nos encontramos e já não somos nós;
porque já há muito de nós apagado, esquecido, deixado pra trás;
então, já não nos olhamos com liberdade, nem tocamos nossas mãos, 
e nos tornamos estranhos e distantes, um do outro... 


Ausência, foi a tua, foi a minha ausência de nós...
...isso é o que faz a ausência, a displicência com os instantes seguintes, 
mesmo que involuntária, a mercê da negligência dos momentos da breve loucura que se apossa e destroça.


Inadvertidamente, caminhamos passos contrários, embora admoestados pela sensibilidade do amor, que, de tão cego e louco, não nos fez caminhar na mesma direção...enquanto nos enganávamos na solidão, querendo um ao outro...


E se vão as horas, o olhar se apaga, os passos se apressam e, desencontrados no tempo e no espaço, já não podemos seguir o mesmo caminho, ao mesmo tempo...Aonde um chega, o outro só algum tempo depois... e, talvez nem passe, porque estagnou na taverna da esquina, debruçado sobre a mesa, perto de um copo já vazio...e também só.


E, aí, já não temos a mesma cama, o mesmo alpendre, as mesmas flores, o mesmo vinho, a mesma canção de amor, a nossa dança, os nossos sonhos de amor. 


E, aí, já não somos nós; apenas um cada qual solo e preso no peso da solidão, se sustentando na parte que já não mais existe no outro -  e já tão vazia! 

(jose valdir pereira)


Teu avesso, meu avesso...




Sonho contigo, todas as noites, como me vejo acordado, e tu vindo ao meu sonho, lado, cheia de amor e carinho, sensual e faminta, sem modos e sem jeitos, e, toda louca e alucinada, debruçar-te sobre meu corpo e, sem medir nem dosar, deixar-me sem roupa e sem vontade de te deixar sair, sair de mim, sem querer que vás, que saias do meu corpo aquecido, outrora esquecido e, agora, sugado pelo teu, já tão faminto e possessivo...

Sai de ti, já molhada e ofegante, tua essência, e da tua pele já chega todo meu cheiro, e teus gemidos celebram meu desejo de te amar, pelo prazer da tua boca que segue meu corpo, percorrendo, em beijos e toques avassaladores, meus desejos, meu prazer, descomedido e sem interdito...

Quero que haja nessa tua loucura de me querer, que possas ter, ser, dar e gemer, e que grites pedindo mais, sem esmaecer, que tuas mãos me toquem com mais vigor, que teus olhos me supliquem carinho, beijos e muito amor, até que não haja nenhuma sobra do tanto que possa te fazer meu avesso, e eu teu avesso ser...

Vem, agora que já chegaste ao teu mar de prazer, de paz e de sossego, repousar sobre meu corpo, sentir meu coração dar o sentido do meu amor feito, nas batidas pressurosas, ao querer te acalentar, como a querer, também, que possas desejar mais... me amar. 

(jose valdir pereira)


Quando fores me amar

  Quando fores me amar, meu amor, me ama devagar, sem alarde e como que se eu fosse teu primeiro amor, porque, feito tal, me verás como a ...