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sexta-feira, 8 de maio de 2020

Do ser homem


DO SER HOMEM

“Tempo que a luz se apaga e o escuro desperta a inusitada fera - nos tempos de agora - mas não tão desconhecida nos tempos de outrora...

O homem nasce feito deus e com a carga da perfeição do criador, mas no curso do rio da vida, que segue, querendo ou sem querer, vai, aos poucos, se desfazendo e se tornando um ente longe da perfeição, do perfeito ser que o criou...e em seu lugar, surge a besta, invariavelmente, um besta...

Mesmo que as estrelas, o universo, a natureza lhe mostrem os escritos da sabedoria, da terra, das mentes e dos tempos, desde a gênese da perfeição concebido em um sopro divino, é tão tosco, rude e ignóbil, que, no seu desassossego e obscuridade, na fé, no cognoscente e no coração, que subestima e desdenha o poder da energia que lhe é e foi posta ao seu dispor, para construir mais que destruir, amar mais que odiar, dar mais que receber e ser mais que ter...deixa-se atraído pelo escorregadio terreno da rudez, da insensatez e da vileza...

Então, vem-lhe a morte, e, sem saber que viveu, despede-se da vida sem ter sido e sem nada - fez-se de tudo e do todo que lhe fora entregue, o ser nada, a carga genética do niilismo, da anti-criatura, negando os tempos de Abraão, de  Isaac e de Jacob, os tempos de Moisés e a vez em que "o verbo se fez carne e habitou entre nós" - a criação...a re-criação...o recomeço...” 

(jose valdir pereira)



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