sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

O homem que não queremos

 Já houve o tempo em que vivíamos no mundo clássico, na época em que a boa educação, os ensinamentos dos mestres e dos pais eram exercitados por todos, em todas as circunstâncias.

Estamos vivendo tempos de deselegância, de maus tratos à língua. Os palavrões estão soltos e, de boca em boca, se espalham pelo mundo. E a mente humana é tão criativa, que outros e muitos outros palavrões são criados e disseminados entre todos, principalmente nas classes menos favorecidas, que não tem papas na língua.

E não é só entre os adolescentes que vemos esses disparates, essas constantes agressões às boas maneiras e aos sagrados ensinamentos que nos deram e nos dão as escrituras sagradas, nossos velhos pais e nossos sábios mestres.

Os namorados, já não são românticos, já não trocam, entre si, palavras de amor. O homem, já não oferece flores à sua amada, à uma amiga. A mulher já não é gentil e amável e usas gestos e palavras de carinho e de elegância, mostrando que vem de uma boa criação, de um meio gentil, educado e cristão.

Uma criança pequena não sabe mais que os mais velhos devem ser respeitados, que existem formas gentis educadas de se dirigir aos outros, agradecer quando for preciso, ser gentil e saber repartir com àqueles que tem pouco o muito que tem, e não imputá-los apenas às sobras.

O problema é que perdemos a graça de ser elogiado, ver galanteios entre as pessoas, sorrisos de satisfação pelo encontro, pela alegria de se viver à mercê de um mundo feliz e alvissareiro.

Ao contrário, vivemos infelizes e disfarçamos o tempo todo nossa tristeza e nossos incômodos por não podermos demonstrar o quanto desprezamos a agressividade que toma conta da humanidade.

Somos o homem que não queremos, mas vivemos com ele e somos ele, por obra e graça do próprio homem.

- jose valdir pereira - 


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