O amor não se curva às decisões exógenas.
É indisciplinado. Solto e leve por natureza.
Afoito, certas vezes.
Não se submete às convenções e costumes que o privam...
É livre e, ao menor sinal de prisão, tortura ou limitações,
torna-se rebelde, uma fera...
Porque já não é nem ingênuo, nem rebelde e nem
onipotente...é uma fera!
Na maioria das vezes erra, mas em nome da maturidade, da
sabedoria e da experiência existencial...
Se não amar, não vai aprender...
nem a murmurar, a sussurrar, a chorar e nem a desmaiar de
prazer...
O amor não se contenta com pouco...é sempre exagerado e
intenso...
não tem cor, nem estatura, nem inteligência, nem idade, nem
sexo, nem passado, nem estação, nem futuro...e está em tudo quanto é de
lugar...
...e acontece sempre de repente, no susto, fora de hora, e não
pra sempre...
mas dura e é duro, se o terreno for fértil, ajeitado e
mantido para ser duro, durável...
Gosta de chamego, toques e carinhos, surpresas e manias...
É atemporal e imprevisível nas incursões para satisfazer seus
desejos, quando é cúmplice da paixão...
É manso e calmo quando não precisa competir nem disputar...
Afinal, amor é amor!
Não gosta de ser interrompido quando está no auge e só acontece
se a reação química for tipo trinitrina... Não tem hora pra começar nem pra
terminar...e se for interrompido extemporaneamente, tudo vem abaixo...
Na infância, é ingênuo, na adolescência, é rebelde; na fase
adulta, é onipotente...
É o sentimento mais complexo e completo que Deus deu às Suas
criaturas, justamente para mantê-las Sua imagem e semelhança, para que tudo que
fizessem, fosse por amor e em nome de Deus, que é amor, um ser, também,
complexo e completo.
- jose valdir pereira –
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