Não saberei mais de ti,
e nem terei teu corpo tomando minha língua esfomeada, horas seguidas...
já chegou a névoa fina e fria da tua despedida, na insólita manhã que se aproxima...
o tempo correu e foi tão pouco que já começa morrer meu corpo com tua falta,
e morre minha boca, sem teus beijos, e irrequieto perambulam minhas mãos pelo vazio dos espaços que estavas,, que deixaste...
o vento ainda sopra na direção da tua ida e meus olhos sentem tua partida...
e tem sido assim, todos os dias, tu te ausentes e deixas-me a esmo, todo à mercê da saudade do que foi, a pouco, do que fomos a pouco, aos poucos, e eu, agora tuas mãos, teu cheiro, nosso cheiro, e os gemidos e os gritos, e ainda molhado pelas gotas do teu suor, espargidos, intermitentemente...
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