quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Poema por terminar...

 


Não saberei mais de ti,

e nem terei teu corpo tomando minha língua esfomeada, horas seguidas...

já chegou a névoa fina e fria da tua despedida, na insólita manhã que se aproxima...

o tempo correu e foi tão pouco que já começa morrer meu corpo com tua falta,

e morre minha boca, sem teus beijos, e irrequieto perambulam minhas mãos pelo vazio dos espaços que estavas,, que deixaste...

o vento ainda sopra na direção da tua ida e meus olhos  sentem tua partida...

e tem sido assim, todos os dias, tu te ausentes e deixas-me a esmo, todo à mercê da saudade do que foi, a pouco, do que fomos a pouco, aos poucos, e eu, agora tuas mãos, teu cheiro, nosso cheiro, e os gemidos e os gritos, e ainda molhado pelas gotas do teu suor, espargidos, intermitentemente...

 - Jose Valdir pereira -

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