domingo, 26 de fevereiro de 2023

Do estrago de uma alma sofrida

 
As minhas mãos já não são as mesmas,
já não tenho o mesmo olhar,
os lábios secaram,
a boca reclama, dada a sede demasiada.
 
Os pés já não me levam por onde andava,
e o hoje é longo,
o amanhã nunca chega,
as horas das noites não passam,
o jardim já não tem mais as rosas que tu gostavas.
 
O leito frio esnoba o verão,
a primavera não tem mais graça,
eu vivo em vão.
 
O coração cheio de desânimo,
bate mas não tem vida e nem faz arruaça,
desde que partiste, levaste contigo a vida.
 
Não quero que voltes,
mas é bom saberes,
do estrago de uma alma sofrida.
 
- jose valdir pereira -
 

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