Talvez o meu canto triste tu não o ouças, mas ele está solto e segue pelos ventos que roçam meus lábios roubando-os de mim;
Talvez meu sorriso tu não o alcances, mas, às vezes, sai tristonho, assemelhado aos que exprime o palhaço na agonia da sua dor, na hora da sua melhor graça;
...E quando enxergares pelas ruas, um caminhante, tão só e sem rumo, ainda me negarás, porque desconheces meu ser, minha alma...meu destino;
E dirás: não, não é possível! Será ele?
...Porque só mesmo quando não me tiveres mais, vais me encontrar nas minhas coisas abandonadas pelos cantos, esquecidas nas lembranças, e aí, sim, sobrevivente do nada, me quererás...em vão!
(jose valdir pereira)
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