Fui direto, toquei-a profundamente, desci meus lábios em seu corpo a partir dos seus seios e minhas mãos, sutis e suavemente, tocavam todo seu corpo, invadindo-lhe a tão cobiçada ternura guardada...
Não houve pressa nem ansiedade no caminho do nosso prazer, daquele ardente e quente...
Apenas, no limiar, alguns tímidos sussurros, porque a boca já sabia por onde estar e que caminhos percorrer, onde parar e o quê fazer...
os gritos e alaridos foram guardados para o final...
poucos murmúrios se ouvia, até porque tudo estava sendo feito, permitido, incontido...
Os olhos não se abriram porque, por mais que quisessem, o que importava era seguir, seguir, e sempre seguir, por onde quisesse o prazer, e até onde outra entrada fosse descoberta e acolhesse o percurso dos desejos...
mesmo que ofegantes e à mercê do iminente esmaecer, os corpos suados, molhados e cheios de puro amor, se tocavam mais que das outras vezes, e como que falassem, expeliam gemidos e já eram um só, porque mãos, bocas, pés, línguas e dedos se encontravam na mesma dança, no mesmo compasso, numa só eclosão...
...e depois, algum tempo depois, um a querer mais, o outro também, apenas se olham, como quem quisesse dizer que seria interminável aquele momento de prazer, de amor, de entrega e de paixão...
Recomeçar? Era o jeito...e foi tudo outra vez... mas os gestos, jeitos e pegadas dos amantes, tudo diferente; apenas os mesmos corpos, as mesmas bocas, as mesmas mãos, almas e corações, se assemelhavam àqueles que, alguns divinos e prazerosos instantes atrás, descobriram as delícias do sublime amor, da irrecusável paixão...
E estavam como que não fossem os mesmos...
Venha aos meus braços para que eu te ame assim...ou mais que isso!"
(jose valdir pereira)
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