O homem, em certos
momentos de sua vida, quer encontrar-se apenas consigo, caminhar, conversar com
seu coração e sentir a religiosidade da sua alma...nessa hora, não se entrega
às demandas da noite, nem aos reclames do corpo, se cansado, se pesado o fardo que
leva, se lhe pesam as palavras por dizer e os amores por amar...
Apenas quer
caminhar, sentir-se só e acompanhado tão somente pelo vazio que toma conta da
sua mente, afastado de tudo e de todos, por não haver pressão exógena e nem
perdão a perdoar, desculpas a desculpar e nem pena, nem tristeza, nem a
possibilidade de ser traído pela omissão de não ter transgredido as convenções
sociais padronizadas pela sociedade que o encerra...
Segue calado e
poucos o veem...e, se entregando ao que não pôde ser, saboreia seu momento de
ser a si mesmo, um companheiro de si, podendo ver o quanto se ama e o quanto já
perdeu enquanto viveu para o mundo, em função de tudo, menos de sua alma, sua
mente e seu coração...
Ao sentir-se só,
absorto e tomado por pensamentos que lhe dão todo o diagnóstico de sua
existência, seu ser e ter, pode ser capaz de reaparecer, imergir à tona,
renascido e renovado, mais leve e menos comprometido com as velhas ideias, os
preconceitos e valores que o aprisionavam, infernalmente, dia e noite.
- jose valdir pereira -
Nenhum comentário:
Postar um comentário