Quando as folhas caírem, celebrando tua vinda, e o
vento calmamente levarem-nas aos teus pés, outras, - já tereis sob, - as plumas
caídas do céu, espalhadas pelos anjos do Senhor teu Deus, em primazia ao teu
encantamento a reluzir entre os que te preterem, que te vêem com desconfiança e
repulsa, uma forma de, a ti, repelir... Desdenhar... porque és amor...do
amor...
És a escolhida, ungida e, assim, bendita és tu entre
tantas, e teu ventre, deu-me ver e induziu-me a dança, teus encantos suscitarem
deslumbramento aos meus olhos, eu, que não nascido, mas descido pelo pecado da
carne, descuido da alma, e que o amável coração gerou, aos teus pés...
Vem donzela de todas as curvas belas, montes e colinas
cheias, sagrados e virgens caminhos, da chama que incendeia o corpo a tortura
do amor contido, traz teu esplendor tenro e imaculado, dá-me teu conforto...
entrego-me ao teu amor...vem ao meu desterro desolado...
Olha, há o perfume a tomar todo o ar do sagrado templo,
onde o amor, abnegado amor, consagra a veleidade dos desejos que semeou meus irrequietos
pensamentos, enquanto davas passos seguros ao teu desiderato desejo de não
ser...pecado...a luz divina do universo entornado...
Descobre, agora, nessa tertúlia enganosa de palavras
que me coube afanar, que hás de ver meu amor por ti em consagração...Que não me
julgues pelo amor que te tenho e rogo, nem me sentencies às dores do
desprezo...nem a mim nem àqueles que te desconjuraram... Arremessados a ti,
pelos desejos de possuir-te, virgem, pura e divina donzela do amor.
(jose valdir
pereira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário