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quinta-feira, 16 de janeiro de 2020




Do poeta ao poeta - Por josé valdir pereira

...De uma dessas cartas que envio, de quando em vez, a mim...e não leio...porque, na verdade, ela é endereçada a você...

Antes que outras palavras sejam escritas, deixes que estas - que seguem - digam do estado glorificado do meu coração; porque, quão feliz me deixaste pela nova obra literária de tua alma, nascida do teu coração de poeta, que vais nos brindar, com tuas palavras profanas e sagradas.

O poeta é tão difícil de ser descrito, porque, quanto mais se mostra, menos se deixa ver...Não sei se é o que quer, mas parece...Não? Por isso, é um artista... O das palavras!

Não! Sim! Ou seja: na verdade, o poeta é tudo que não escreve e, se é algo que escreve para ser, não sabe...Não o é! Mas parece.

Dificilmente percebemos sua essência, porque não alcançamos a pureza da sua alma e nem o amor que carrega seu oração, o consagra...

quando escreve, por causa das incursões que faz ao vasto mundo de prazer, ilusões, desejos, sonhos, medos, verdades e utopias, faz sua viagem encantada... e sozinho... e, vez ou outra, só quem compreende sua poesia, o acompanha, sentindo suas dores, sua agonia, prazeres, perdas, sucessos, nostalgia... e sua vida.

Eis que, assim, apercebe a melodia, a canção, dos versos contidos na sua poesia. Mas, como ele, cada ledor, no momento que o lê, dá a versão que abraça sua alma, seu coração, naquele momento, naquela circunstância.

O poeta, não faz versos sob encomenda e nem é poeta quem faz poesia à revelia da alma e do coração. Não é poeta quem se submete às regras da razão!

A poesia nasce descompromissadamente, e longe, muito longe, de ter sido fruto de uma ação planejada. Tanto é verdade que ninguém mais aborta – aquilo que recém concebeu - que o poeta. A lixeira que o diga. Quantas folhas lhe são atiradas, com poesias inacabadas, inspiração interceptada, coitos interrompidos...

Tu, poeta, quando juntas tuas poesias, as que formam teu novo poetar, sente e descobre apenas um pouco do poeta que és...não porque és pouco poeta, mas devido a grandeza do teu ser poeta. Entrar no teu mundo, poeta, é aprender a olhar, de forma diferente, as verdades, os segredos, a feiúra, a beleza, a nobreza e a pobreza da vida...da vida como ela é...

Feliz de quem pode contar com tua companhia ao te ter, onde tu te entregas à tua nudez e à tua pureza de não ser, nos teus versos, na tua poesia.

Fico feliz por ter tido este privilégio.

[José Valdir Pereira]



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