Thomas Francis Dicksee, Waiting, 1860
Quando cheguei, estava aberto; tudo!
Havia uma flor sobre o lençol da cama e o cheiro era o teu;
Uma delícia... e o vinho, já à espera, como de costume!
Tua roupa, cheirando a ti, já se espalhava pelo chão...
Sem muita luz e, ansioso e aos pouco, deitei-me ali,
onde teu corpo haveria de logo estar, e olhando para tua imagem,
que se acendia nos meus pensamentos, fechei os olhos e pus-me a imaginar tua vinda, silenciosa e prazerosa vinda, e não tardaste a chegar!
Chegaste e, logo, logo, aos poucos, senti que já estavas sobre mim,
ardendo sobre mim, teu corpo quente, tocando meu corpo,
e tua boca no encalço da minha,
e teus lábios perseguindo os meus,
já trêmulos, loucamente mordiam os teus.
Não hesitei em roçar meu corpo ao teu e deixar minhas mãos
acariciarem todos os teus pueris e castos motivos dos meus desejos...
...e meus lábios se envolvia na tua ânsia de ser possuída,
toda e sem reservas...
E não soubemos dizer depois o que fizemos...
Apenas o que sentimos: amor!"
(josé valdir pereira)
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