Encontrar um amor de verdade, é como achar uma agulha em um palheiro
Existem pessoas que, em nome do amor, facilitam tudo no relacionamento,
mesmo que, depois, se possa descobrir que, de certa forma, essa maneira de ser
esteja relacionada com outros interesses, esses que estão escondidos, bem
escondidos, que amor algum ou perspicácia alguma sabe desvendar.
Lindo demais alguém, mesmo sem que você o conheça, lhe propor algo e
você, em nome do amor, por acreditar antes de qualquer desconfiança, aceitar.
Isso é muito bonito, romântico e surreal. E nós ficamos tão encantados com essa
atitude do outro, que não enxergamos mais nada além do quanto a pessoa é boa, tão
boa e confiável, a ponto de aceitar seu convite, sua proposta, sem nenhuma
objeção. É claro que essa pessoa que se apresenta dócil e amável em aceitar,
tem, de certa forma, pela pessoa que está do outro lado, pelo que conseguiu se
informar acerca dessa pessoa, uma certa confiança de que tudo é seguro,
aceitável e longe de qualquer risco.
Por sua vez, aquele que convida, fica tão encantado, que dificilmente
chega a vislumbrar algum risco também para si. Claro. Uma pessoa que confiou em
você deve ser confiável.
Entretanto, só o tempo diz o quanto um devia confiar no outro e o quanto
cada um estaria compromissado com as propostas e o propósito daquele
relacionamento que estava começando. O proponente, crente que ali estava uma
companheira extraordinária, capaz de lhe fazer companhia como ninguém jamais o
fizera e capaz de o amar como ninguém jamais havia o amado.
Mas não é bem assim. O amor não nasce assim e nem é fruto desse tipo de
aventura. Por isso, é certo dizer que é preciso averiguar se outros interesses
podem estar latentes, ocultos e escondidos nessas facilidades que são
apresentadas no início de tudo pela pessoa a quem você se dirige e propõe uma
vida a dois, através de um amor que possa surgir e brotar no coração dos dois e
perdurar por muito tempo, senão por uma eternidade.
Aos poucos, os acertos vão sendo quebrados, as desavenças vão surgindo,
os gostos incompatíveis são revelados, o gênio de cada um é exposto, aparece de
forma contundente, isso, sem contar com as variáveis externas que podem complicar
e dificultar ainda mais o relacionamento, como filhos, calamidades públicas,
crise financeira e perda das liberdades dos dois por conta de restrições
impostas pelos governantes, em cumprimento às suas políticas públicas.
É preciso muito amor para o amor vencer, superar crises e se manter vivo
no coração dos dois. E quando se vê que não havia amor por parte de quem acedeu
à proposta de viver um relacionamento, e que nem houve intenção dessa pessoa de
provocar o nascimento desse amor em seu coração, nada é possível e tudo vai por
água abaixo.
Péssimo para quem teve a brilhante ideia de achar que podia encontrar o
amor de sua vida ao fazer um simples convite a alguém que nunca havia visto,
não conhecia nada de sua vida pregressa e, muito menos, alguns sinais que
pudessem mostrar, pelo menos um pouco, que tudo poderia dar certo ou errado.
Não se deve experimenta esse tipo de situação, pois isso não é nada mais
nada menos que uma aventura perigosa, de um custo sentimental, moral e
emocional muito grande e que deixa sequelas no corpo, na pele, na alma e no
coração das pessoas envolvidas.
É muito tempo perdido. E, ainda mais, ambos se expõem, um ao outro,
fazendo cada um conhecer do outro, defeitos, qualidades, manhas, o caráter, a
personalidade e o que, realmente, cada um poderia oferecer da vida, à sua vida.
Esse amor que alguns
procuram, só Roberto Carlos encontrou na sua Maria Rita. Mas ele não pode viver
esse grande amor porque ela teve que partir.
"Meu amor, você é minha vida, sua vida eu também sou, cada vez mais juntos, quem procura por você, sabe onde estou."
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