Do poeta obsoleto, por viver à margem da
modernidade e ser uma figura em extinção
Ele passa despercebido,
escondido à força pela modernidade do tempo,
nem a rosa que sustenta em sua mão,
desperta interesse aos transeuntes
e aos observadores de plantão.
Cabisbaixo, segue alheio aos olhares que não mais existem,
é a reação do tempo do niilismo da cultura, do
apego à contradição,
negar tudo o que de bom já houve, guardar bem
dentro do coração,
para sublimar do novo.
Quem és tu, um poeta, um mensageiro do amor?
E por onde andaste, por que não viste que o tempo
mudou,
e as palavras líricas perderam sua graça e, agora,
a linguagem preferida tem outra rosto?
Que queres tu, se as flores, mesmo com tantos
jardins,
não são notadas e nem seu perfume, suas cores.
despertam atenção?
Não use palavras vãs, meu poeta, e nem entre em uma
conversa ou em contenda com formais introduções. Agora, em poucas horas,
consumimos e somos consumidos pelos algozes de plantão.
Já fez algum poema hoje? E já o publicou?
Quem os leu ou por ele expressou encantamento?
Ninguém?
Pois é, meu caro poeta. Simplifique. O seu tempo já morreu.
- Jose Valdir pereira -
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