quinta-feira, 15 de março de 2012

Hoje, dia da poesia, não quero fazer poesia. Só amor!


Ornella Muti in Mort d'un pourri (1977)


Hoje, dia da poesia, não quero fazer poesia. Só amor!


Preciso viver poesia, quero entrar, sentir toda sua exuberância, sua languidez e me retorcer, torcer e estremecer nos seu entorno, no seu âmago, na sua intimidade, no seu corpo...


preciso parar um pouco para senti-la toda, inteirinha, na minha vida, e não mais, pelo menos hoje, tomá-la nos meus braços, somente como tem sido, em carinhosas, amorosas e desejadas linhas...


desperta-me ela, hoje, mais que outras vezes, assumir esse amor incontido e apaixonado que sempre sentiu meu coração, meu corpo e minha alma por ela...


Ó poesia! Não, hoje não!, escrever-te, poesia, hoje não! Hoje quero te amar, porque tu estás sempre em mim, beijando meus lábios, tocando meu corpo, atiçando meus desejos e, o que tens de mim? Apenas linhas, palavras, papel, declamações, leituras, sarais, canções...


Hoje serás minha amante. As flores serão tuas, meus beijos e meus sussurros de amor, todos teus! Me terás assim, desde então e para sempre, até que desejes ser tão somente, para esse poeta teu, todo teu, minha amada, singela e adorada poesia. 

(jose valdir pereira)

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