Ornella Muti in Mort d'un pourri (1977)
Hoje, dia da poesia, não quero fazer poesia. Só amor!
Preciso viver poesia, quero entrar, sentir toda sua exuberância, sua languidez e me retorcer, torcer e estremecer nos seu entorno, no seu âmago, na sua intimidade, no seu corpo...
preciso parar um pouco para senti-la toda, inteirinha, na minha vida, e não mais, pelo menos hoje, tomá-la nos meus braços, somente como tem sido, em carinhosas, amorosas e desejadas linhas...
desperta-me ela, hoje, mais que outras vezes, assumir esse amor incontido e apaixonado que sempre sentiu meu coração, meu corpo e minha alma por ela...
Ó poesia! Não, hoje não!, escrever-te, poesia, hoje não! Hoje quero te amar, porque tu estás sempre em mim, beijando meus lábios, tocando meu corpo, atiçando meus desejos e, o que tens de mim? Apenas linhas, palavras, papel, declamações, leituras, sarais, canções...
Hoje serás minha amante. As flores serão tuas, meus beijos e meus sussurros de amor, todos teus! Me terás assim, desde então e para sempre, até que desejes ser tão somente, para esse poeta teu, todo teu, minha amada, singela e adorada poesia.
(jose valdir pereira)
(jose valdir pereira)
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