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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Teu avesso, meu avesso...




Sonho contigo, todas as noites, como me vejo acordado, e tu vindo ao meu sonho, lado, cheia de amor e carinho, sensual e faminta, sem modos e sem jeitos, e, toda louca e alucinada, debruçar-te sobre meu corpo e, sem medir nem dosar, deixar-me sem roupa e sem vontade de te deixar sair, sair de mim, sem querer que vás, que saias do meu corpo aquecido, outrora esquecido e, agora, sugado pelo teu, já tão faminto e possessivo...

Sai de ti, já molhada e ofegante, tua essência, e da tua pele já chega todo meu cheiro, e teus gemidos celebram meu desejo de te amar, pelo prazer da tua boca que segue meu corpo, percorrendo, em beijos e toques avassaladores, meus desejos, meu prazer, descomedido e sem interdito...

Quero que haja nessa tua loucura de me querer, que possas ter, ser, dar e gemer, e que grites pedindo mais, sem esmaecer, que tuas mãos me toquem com mais vigor, que teus olhos me supliquem carinho, beijos e muito amor, até que não haja nenhuma sobra do tanto que possa te fazer meu avesso, e eu teu avesso ser...

Vem, agora que já chegaste ao teu mar de prazer, de paz e de sossego, repousar sobre meu corpo, sentir meu coração dar o sentido do meu amor feito, nas batidas pressurosas, ao querer te acalentar, como a querer, também, que possas desejar mais... me amar. 

(jose valdir pereira)


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