Meu caro Valdir,
Vi os teus “MOMENTOS” e foi grande a minha
satisfação e emoção ao ler os teus versos.
És de fato um iconoclasta: violentador de
imagens e destruidor de mitos.
Nos passos difíceis e tortuosos da
literatura, na busca insondável dos segredos espirituais, já andas firme e
erecto, como um tribuno romano da Guarda Pretoriana.
Mas a busca continua, como sempre,
inesgotável; esgotando-a será o caos do espírito, será a estagnação da arte,
será o ludíbrio da estética e não haverá mais vida pujante nas belezas da alma.
A força da imaginação e da criatividade
redentora dimensionam-se e engrandecem-se com o fervor de tuas palavras.
Só mesmo sendo poeta, é-se capaz de compreender
a extensão divinatória da poesia.
Não há aqui a pretensão vaidosa de crítico
literário, que jamais passou pela minha cabeça em sê-lo.
Há uma definição geral de literatura, que
alguns costumam adotá-la: literatura é todo escrito que nos desperta emoção.
Esta, tu a esbanjas em todo teu livro, como um nababo rei de Roma, pois, tens
no amor o teu principal “leitmotif”.
O poeta é, já dizia Hênio Tavares, uma
criança que se compra em estilizar suas emoções, como um menino a edificar
castelos na areia ou a fazer bolhas de sabão.
Aí estão, pois, meu caro Valdir, os teus “Momentos”, com tuas catedrais de sonhos, que irão perenizar-se na intemporalidade da tua arte.
Com um abraço do
Bolivar Marcelino
Poeta
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