Não, meu amor, não há fim...
É apenas uma pequena cerca, com uma cancela, mas transponível... Longe é o
fim... Temos muito que caminhar, nós dois, de mãos dadas, e sempre! Atropelos e
tropeços não fazem o fim... não são comparáveis a uma intempestiva e mal
pensada decisão...
Eu devo me calar ante tua
excitada atitude de ir-se além de nós, sozinho...
Ah, meu amor, tudo isso, já
passa e outro momento, mais nosso, vai vir...
Destroços e desencontros,
angústias e tristezas para quê? Fazemos pouco por nós assim...
Nada construímos...
Dá-me tua mão e sigamos,
mesmo que calados...
O coração, o sábio coração,
vai saber e dizer o momento certo para falarmos...
Calemos, pois, amor, e
ouçamos as palavras sábios do nosso silêncio - amanhã, talvez, saberemos ver
nas flores, nas estrelas e nas águas calmas dos lagos, dos rios, e no vôo da
águia - no silêncio da sua majestosa postura a voar no dorso do céu azul de
Deus, a grandeza infinita do nosso amor!"
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