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sexta-feira, 15 de novembro de 2019


Ponte sobre o Rio Madeira, em Porto Velho-Rondônia


LAMENTO DE UM RIO BARRENTO...

Dou-te água, até minha alma, 
ama-te meu coração, 
afago teu corpo, 
mato tua sede e te levo para onde queres, 
tens em mim teu alimento, 
apenas te peço que não me deixes morrer, 
não permita que me tirem daqui...

De onde sempre estive, 
feliz por estar contigo, 
nesse chão tão teu, tão nosso, tão meu, 
onde outras vidas existem, 
onde o amor acontece e somos felizes...

Não, não me deixes morrer, 
nem deixes que me tirem as partes que preciso em mim, 
esse verde que alimento, esses serem que sustento, 
essa correnteza que me alegra e esses meus desalinhados movimentos, 
onde minhas águas seguem felizes a caminho do mar...

Por que não deixar que a criação de Deus seja incólume e tenha sua gênese respeitada? 
Por que nos ferem tanto, se somos seus encantos e se chegamos primeiro aqui 
e se damos vida, se existimos para servir?

Não me deixem morrer.

- jose valdir pereira -


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