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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Feliz Aniversário Roberto Carlos - 19 de abril

 

Cresci ouvindo as músicas de Roberto Carlos. Tempo da Jovem Guarda. Procurei logo, ainda tenra idade, aprender a tocar violão. Meu desejo era ser cantor. Aprendi bem depressa. Mas em Porto Velho não havia como se tornar cantor. Então, fiquei tocando nas rodas de amigos, em algumas festas e bailes e casas de amigos. Até cheguei a compor algumas músicas, no estilo Roberto Carlos (você me segregou, jogou fora meu amor e agora quer voltar, ah, foi uma pena, o amor não se sustenta, quando não se sabe amar...). Eram esses os primeiros versos de uma das canções que fiz. Meu bairro, Olaria, só gente da música: Lairto, Jonas, Piabinha, Bado (veio depois) Beto, Casemiro (excelente baixista) Airton (cobra na guitarra), Carlinhos (sabe tudo de jovem guarda até hoje). Muitos. Eram muitos os meninos talentosas da Olaria.

 Eu adorava cantar e tocar violão. Hoje, algumas canções do Roberto Carlos ainda sei "levar", agora um pouco no piano também. Não acalento mais o sonho de ser cantor. Agora, são outros os sonhos. A vida é movida por sonhos. Por isso, os tenho.

 Ouvir Roberto Carlos sempre me faz lembrar meu primo José Airto Leite, ano passado vida ceifada pela tal da Covid 19, que estudava engenharia na UFPA, em Belém, e sempre nas férias, em Porto Velho, depois de sua casa, no outro dia, bem cedinho, ia tomar seu café lá na minha, na Olaria, e logo me pedia: Valdir, toca aquela. Aquela, era a música do Luiz Airão, que Roberto Carlos gravou e que foi um dos grandes sucessos do rei "Nossa Canção". Foi uma das primeiras que aprendi a tocar. E penso que quem toca violão, sabe tocar esta música.

 Quando Roberto ganhou o festival de Sanremo na Itália, com a música Canzone Per Te, de Sergio Endrigo, eu quis logo aprender a cantar esta música. E o faço muito bem até hoje. Momento inesquecível do rei.

 Depois, a partir de 1970/72, o rei passou a se dedicar às canções românticas e eu aprendi com ele a ser romântico e sonhador.

 Até hoje, além do violão, sou apaixonado por outro instrumento: o piano. Ainda não sei tocar como toco violão, mas vou levando, aprendendo.

 Mas, música à parte, segui muito o exemplo de vida de Roberto Carlos. Uma pessoa sempre simples e humilde, modesta e fiel ao seu público, honrava seus compromissos no sentido de, todos os anos, oferecer uma gama de músicas românticas, inéditas, ao seu fã-club. Eu, um de seus ardorosas fãs, inclusive acompanhado por minha amada mãe (hoje no céu), ficávamos à espera, sempre ansiosos para ouvir os novos sucessos do rei. Quem primeiro nos mostrava essas músicas era o programa do saudoso radialista Osmar Vilhena, na Rádio Caiari, a pioneira de Rondônia, criada pelo meu saudoso amigo Vitor Hugo (por todos chamados: Pe. Vitor Hugo).

 E quando as músicas de Roberto Carlos começavam a rodar na rádio (só tínhamos uma em Porto Velho), o LP chegava nas lojas de discos, a garotada (eu, um deles) começava a querer aprender a tocar e a cantar as novas músicas, aqueles novos sucessos. Sucessos garantidos mesmo. Roberto Carlos quando lançava um LP (hoje CD), já havia vendido um milhão de cópias.

 Mas a vida do rei, a vida sentimental, não foi tão bem sucedida como o fora sua vida de cantor. Um dos filhos, o "Segundinho", depois que nasceu teve que passar por uma cirurgia nos olhos, tendo hoje uma visão de apenas 10% em um dos olhos, se mais, apenas um pouco. Sua primeira mulher, Nice, morreu de câncer, não teve um relacionamento tranquilo com a "Atriz" Miriam Rios, e aquela que ele amou tanto, o amor de sua vida, Maria Rita, veio a falecer de câncer, fulminante e inesperadamente.

 80 anos. Nosso Frank Sinatra (New York, New York) com suas "Emoções", continua vivinho, em forma, com a mesma voz e mantendo a mesma  performance que é exigido a um cantor de sua nobreza.

 Claro que Roberto e Erasmo, seu eterno parceiro musical, continuam compondo formidáveis canções, canções românticas e de amor. Mas, acredito que se colocasse na praça suas preciosidades, dado o atual ouvido deselegante da humanidade, seria apedrejado, chamado de cafona, alienígena, obsoleto e anacrônico.

 Que continuemos "Além do horizonte", no "O amor é a moda", "Na paz do seu sorriso", cantando com Roberto suas belas canções, "As canções que você fez pra mim", no embalo de "Jesus Cristo", que ele cantou para o Papa, o melhor e maior de todos os tempos, João Paulo II.

Parabéns, Roberto. 80 anos, cheios de emoções, não é pra qualquer um. É um presente de Deus aos iluminados.

 - jose valdir pereira -



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