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quinta-feira, 22 de abril de 2021

Esse é o amor...

 

O amor que não magoa, que não fere, que não faz chorar, que não deixa desprezar, que acuda e acolha...


O amor que compreenda, que ama, que chega junto, que perdoa, que volta pela mesma porta que saiu - e sempre - ; o amor simples ou, simplesmente, um simples amor; O amor que faz a partilha da alegria, da tristeza e que não rejeita a esperança de uma nova vida, quando tudo desaba e nos sentimos sozinhos, cheios de angústia e desolados; o amor do bom vizinho, da lavadeira, do homem que nos olha sorrindo triste a pedir uma gota de carinho; o amor de quem prega a palavra do evangelho, sem tirar nem por; da velhinha que passou e só depois notamos quem havia passado;


O amor de uma borboleta, de um passarinho, de uma planta, de uma flor; O amor dos anjos, das crianças, do homem de fé; do mendigo, do palhaço, da chuva, do céu, do mar; daquele que vem dos amores constantes, distantes, sonantes e dissonantes, mas firme e verdadeiro, sem fim e sem meias palavras; o amor do verão, da primavera, do outono ou do inverno, mas que seja pra valer; o amor que viva na pureza da alma, nos lagos longe do alcance dos nossos olhos, das mãos, mas que o sintamos no coração; 


O amor que encanta os sonhos, os pensamentos dos poetas, os versos da poesia romântica, lírica; O amor que habita o coração das mulheres amadas, amantes e apaixonadas, e que se dão, se entregam por inteiro, corpo e alma, sem medida, como quer e deseja o amante, a amada; o amor que dá saudade, que esplode de alegria ao ser reencontrado, porque pensava estar perdido; o amor que vem ao amanhecer, puro e singelo, verdadeiro e perfeito, à mercê das flores e do cheiro devorador; ah, gostoso amor!


O amor que vem e vai e que chega sempre em todos os momentos que o queremos, que nos suporta, comporta, importa, conforta. O da boquinha da noite, ou àquele que nos desperta quando os passarinhos e as manhãs chegam nos oferecendo um novo dia; o amor que saiba abrir a porta quantas vezes precisemos; que devora na cama, nos seus braços, abraços, beijos, suado, molhado, atiçado, a qualquer hora...


O amor que começa, mas não termina, muito menos numa mesa de bar, numa noite de luar, na sessão do cinema, no final de um programa; O amor da canção, que passeia nos acordes do violão, e o da insinuada fisgada nos olhares cavilosos, cheios da libido e de tesão, que escapuliram do coração; o amor pela natureza e de tudo que nela há e dela vem; o amor da amizade, da mulher que amamos, dos nossos filhos, dos pais; o amor de todos...
Enfim, o amor de Deus, esse, nosso maior e melhor amor! 

(José Valdir Pereira)




 

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