A metamorfose é soberba e assaz cruel com quem dava
valor à vida eivada de estilo e de elegância... A simplicidade e a maneira
provinciana de viver, em detrimento da paz e de uma boa qualidade de vida,
foram soterradas pela guerra diária que se empreende, na luta pela
sobrevivência... Aos poucos mudamos e suscitamos mudanças, ajustando e
moldando, ajustados e sendo moldados... É, agora, a lei da vida... E temos que
atingir a velocidade dos mais fortes, mais astutos e mais preparados, sob pena
de cairmos na mais cruel escravidão moderna - alguém está, em algum lugar, se
preparando para vencer, se superar, convencer, malgrado você... franzino e bonzinho - o mocinho que
sucumbe ante o vilão! Em crise? Não! É tudo real... Só mesmo na roça, no pé da
serra, no beiradão, na maloca, sob a sombra do oitão...há pureza, nobreza,
gentileza, uma canção de amor, um jardim, a simplicidade estampada num sorriso
de um desconhecido confiável, de um amigo, de um amor...
Não devíamos mudar, nem ser mudados... É a saudade do
que se foi, a tragédia das conquistas que vão motivar o retorno... a volta... ao
pó! Para recomeçar... do nada!
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