Ama-me, como te amo, ó flores!
cuida-me, como cuido de ti... dá-me teu sorriso, teu doce olhar, como te
sorrio, como te sorrio no meu amar...
Perfuma-me; dá-me tua maciez; ensina-me essa maneira delicada e sutil de ser,
faz-me ser paciente, tal qual és na espera da primavera... dá-me um pouco da
beleza que tens e a ternura do teu esplendor...
Ama-me, como te amo, ó flores, e mostra-me como viver a completitude na
escassez do tempo, e ser como és, simples mesmo diante da apologia do teu
glamour... Amo-te, e como te amo, ó flores!
Um dia qualquer, se quiseres me encontrar, veja as flores, é nelas o meu lugar,
é delas o meu perfume, a maciez da minha pele, a meiguice do meu olhar. Nada
que não seja delas é meu e tudo que posso vir-a-ser delas virá; das flores vivo
e só a elas sei amar!
(josé valdir pereira)
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