quinta-feira, 8 de junho de 2023

Abençoadas sejam...E para sempre. Amém!

 

Aí, de repente, aqui na terra, visivelmente palpável, você não tem mais o amor infinito, o melhor abraço do mundo, o mais belo olhar e a voz mais suave a lhe dizer bem baixinho, o quanto lhe quer bem...


Aí, de repente, aquele lugar já não é o mesmo, vai sempre faltar o essencial, as boas-vindas alegres e sinceras e o convite para ficar mais um pouco... - Já vai, filho? Fica mais um pouco...e a te domar, a vontade de ficar...


Aí, ninguém te amará de igual forma, te dará os sorrisos que te deu, demonstrar o prazer do encontro, do reencontro, e te convidar para um almoço especial, do jeito que tu gostas, sem pôr nem tirar...


Então, ficou uma lacuna, um vão imenso, um vazio inexplicável, faltando tudo, terra para os pés, algo significativo para dizer, alguém para sussurrar segredos e quimeras, e a certeza da ausência tão evidente, na falta da voz, do olhar, do perfume, suas preferências, suas cores, seus odores, suas canções...


E o mais encantador: toca e canta uma canção para eu ouvir...canta comigo uma canção, traz o violão que eu quero cantar...era visita...sua especial visita...e como tal, todas as honras e todo o amor que ainda não havia dado...


Aprende-se mais a ser nobre e calmo e gentil e calado, a ser mais uma melodia harmoniosa e de expressão suave, divina e sutil, quando se segue a batuta que empunha seu amor maior...quando é o som de uma flauta a te guiar, levando-te para o templo da sabedoria, para a leveza do ser cavalheiro e sonhador...Isto, ela fazia com maestria...divinamente douta.


Nem era de linhagem nobre; nem realizou todos os sonhos, nem mesmo os mais importantes, mas tornou-se a mais amada, bela e formosa mulher que o mundo já hospedou, por uns tempos, até que viesse a vontade do Senhor...


Sabe quando toda completude do ser se esconde no olhar? Quando o sorriso expõe todos os segredos da alma e os desejos do coração? Quando a voz faz saber que os anjos existem e que o céu é bem ali, do outro lado? E que, se olharmos atentamente para elas, veremos os traços de Deus, embora insistam que tenha Deus, a feição de um homem?


Nossa! Quão longa e angelical a jornada. Às vezes, para um só. Um só filho. Outras, para tantos. E não se sabe como são capazes de darem conta...Quer dizer...Elas sabem. Abençoadas, são... e sempre!


Elas, nossas mães...
 
- Jose Valdir Pereira -

 



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