"...E depois de tanto tempo, me dei conta da minha alma perdida, do meu coração roto e dos meus pés arranhados pelos descaminhos da vida...
E depois, algum tempo depois, a te seguir sem saber se havias em algum lugar, dei-me conta que estavas bem alí, ao meu alcance, feita flor para mim...a desabrochar, bela e perfumada, tomada pela sofreguidão de me amar...
Ah, e quantas chuvas, tempestades e maremotos passei sem saber que tu havias em algum lugar, não muito distante daqui...de mim...
Ah, procura em vão, à toa...Que tempo perdido...Tu tão perto de mim e eu tão longe de ti...
E tu, ó deusa do amor, minha doce e encantadora Vênus, porque não me apontaste, a tempo, aonde andava meu amor, e que esperava por mim, noites e dias afora?
...e por quanto tempo, tantas vezes o amor foi sonhado, de diversas maneiras feito e pensado, e minha amada tão, assim, bela, perfumada, toda para mim, no seu leito, pura e imaculada?
Em paz, cheio de frenesi, porém, entrego-me neste momento a ti, meu amor, eu que estava tão longe, sem saber que tu estavas tão perto...Aqui!
(jose valdir pereira)
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