“Não atropela o tempo, aquele que faz amadurecer, tornar o instante pleno de ser, a vez do momento, do nosso momento, quando o escuro não importa, menos o lugar, e de que forma for acontecer...
posso estar verde, ainda sem doce para teus lábios, e sem o mel que desejas, ainda sem a maciez que reclama teu insaciável corpo, a ter-me em teus toques, tu, assaz atrevida e toda possuidora e possuída...
espera como espera a primavera, porque, se ainda há crepúsculo, não tarde, como lhe é próprio,
segue-o a noite, para acolher nossa vez, nossa desmedida entrega, na sagrada paixão e no iluminado amor, assim como vemos e vai acontecer...
Sim, é certo; pouco vai tardar a satisfação da tua quimera;
Sim, é certo; pouco vai tardar a satisfação da tua quimera;
e tangida minha agonia, essa vontade louca de te pertencer, encontro-me debruçado na amarga espera...
sei, é tempo, tempo de espera...
não é primavera;
há neve lá fora - que chegue logo o inverno e, também, o verão!
A primavera, por fim!
sei, é tempo, tempo de espera...
não é primavera;
há neve lá fora - que chegue logo o inverno e, também, o verão!
A primavera, por fim!
(josé valdir pereira)
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