És a esbelta terra que o amava em silêncio e porque o aceitava do mesmo jeito que o ceifou, acolhe seu sangue, que escorre, gota a gota, sem pressa, para durar até que não haja mais dor...
do leito que o amamentou, conheceu a soberba dos que vieram pela mesma veia, nutridos pelo mesmo sangue; não foi nada em tempo de guerra e nada se deu em tempo de paz; foi a intrínseca insensatez que fez o desterro da fiel presença do mal...
um trago, mais outro, e outro mais, e a sicuta derramada sobre seu rosto, dá sinal de que morre a vítima dos incautos, esses loucos da tempestiva perfídia presente em quase tudo...
Eras a esbelta gota de ternura que lhe faltava; as luzes que lhe davam o rumo certo, mesmo que fosse de madrugado, sob o céu nevoento que caia naqueles instantes de desespero...
és a morte, que vem em silêncio, que me acerca, espreita, donzela que me pode ter a qualquer instante, na alegria ou na dor, com ou sem sangue, suspiro e o perfume da negra flor.
És a esbelta donzela que zela tua espera, sem pressa desterras a vida, os anos que tenho pela graça do destino...
És a esbelta donzela que zela tua espera, sem pressa desterras a vida, os anos que tenho pela graça do destino...
Agora corre que a noite já vai chegar e tu não queres me ter embriagado...ou sim? Pode ser que para ti, tanto faz...mas não me deixas ficar sozinho, após o frio tomar conta do meu corpo e meu espírito voar para o além que tanto dista daqui...
- jose valdir pereira -
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