"São
tantos os anos e meus olhos ainda reclamam, porque falta você, sua imagem à
memória da vida;
minhas
mãos tateiam a procura das tuas, inconformadas e ávidas ao encontro das tuas;
meu
coração, levemente e já suave, pulsa ainda querendo viver as melhores emoções
da vida, agasalhado pelo teu;
meus
passos seguem lentos, como quê, de propósito fazendo-me esperar por ti, que,
quem sabe, d´algum lugar, ainda vem;
às
vezes, veja a noite se espreguiçar, como quem quer te ver, pra mim, de noite
chegar;
a
manhã, todos os dias, se enfeita e cada vez mais bonita, na esperança de que é
no tempo dela que virás, espera amorosamente;
A
lua, as estrelas e todos os astros do céu orquestram a canção que ouvirás,
quando certo dia chegares;
é
dos passarinhos a maior alegria que ecoa no seu canto matinal;
o
vento, as ondas do mar, o verde dos campos e as flores nos altos das colinas
festejam antecipadamente, porque vêem através do temo que vais chegar;
Então,
amor, que fazes aí?
Não
vês que estamos a te esperar?
Vem, amor!
(josé valdir pereira)
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