terça-feira, 31 de janeiro de 2023

O amor nas veredas do amor

 "Não nos apaixonemos pelo coração distante porque é fulminante, tudo é fulminante e fugaz e acontece intensamente e, como vem, se vai:

amar, sofrer, adeus, querer, sair, esquecer, lembrar, possuir, enlouquecer, ignorar, duvidar, voltar, ir, refletir e duvidar, e no que eu errei, perguntar; 
é preciso sentir, e o mais de perto que podermos, o cheiro da flor, o calor da pele, o sabor do beijo, e o fulgor dos ramos que seguram o "sim" por um triz, querendo dizer e hesitando porque já conhece a dor do amor; 

é preciso ouvir mil vezes "eu te amo", é preciso acordar amando, é preciso a emoção do beijo profundo, do olhar guloso e do aperto das mãos no alucinante entregar-se à realeza e aos invejáveis  momentos dos desejos; 
é preciso beliscar e não sentir nada, derramar-se sobre o outro, sem desculpas, de propósito, por querer... aí, estamos amando; 
gritar e não ser ouvido, ignorar o perigo, deixar que os olhos marejem no delírio do amor pleno e único; 

a emoção inesquecível, vontade de vivê-la, revivê-la e nada mais e só isso nos basta;  é preciso, se amamos,  fecharmos os olhos e nos jogarmos de corpo e alma aos braços de quem nos disser com amor e carinho, um inigualável e jamais ouvido "amor, eu te amo"; 
mas é preciso, também, saber amar; ter aprendido a entender os sentimentos que sustentam o verdadeiro amor,  para, enfim,  não arrefecer, na pedra da decepção em queda brusca no meio do caminho, e nem viver, em vão, o amor, sofrendo e fazendo sofrer!"
(josé valdir pereira

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