Ela não estava convicta quanto ter sido, aquela, sua
melhor decisão.
Andava de um lado pro outro, roía as unhas, se olhava no
espelho e,
sem sossego, irrequieta, nada fazia sem que aqueles pensamentos
a deixasse em paz.
Afinal, era e estava tudo tão gostoso, prazeroso, amável na companhia dele...
Ficar à mercê de uma reviravolta drástica daquela (pensava),
nem pensar!
- Ah (ainda encontrava brecha para refletir), mas ele
também foi tão imparcial.
E também nada fez para que isso não acontecesse.
Ó, vida! E o que isso importa, agora! Saudade do meu
amor.
Eu preciso falar com ele, dizer que o amo e que não posso
viver longe dos seus beijos, do seu carinho... Ou posso? Cruel esse momento.
Muito cruel.
E ela continuava a falar com os seus botões :
- Poxa vida, o tempo passando e nós nos perdendo e
perdendo nossos momentos de amor e de alegria... Que coisa! Por que ele não me
liga? Será que não me ama como eu imaginava?
Ah, vai ver que no homem é mais difícil encontrar uma
saída inteligente para retornar aos braços da sua amada.
Sabe de uma coisa. Ao invés de ficar aqui desse jeito,
vou para os braços do meu amor. E se o amanhã não existir? E se, só por
capricho e imaturidade, o tempo nos afastar de vez, destruindo um amor tão
sonhado?
Vou ligar, quer ver?
- Alô, amor é você?
Ele lhe responde, prontamente:
- Sim, amor, sou eu. Que bom que você ligou. Eu estava
prestes a fazer o mesmo para ti. Meu amor, não saia daí. Chego a um minuto. É
que já estava indo ao teu encontro, voltando para ti. Só não o fiz logo, logo,
porque não imaginava que pensavas igual, que o que importa é ficarmos juntos,
felizes vivendo esse amor que sentimos um pelo outro. Um beijo, meu amor. Já
estou chegando!
(jose valdir pereira)
Por que somos dado à loucura de, num lampejo, sem mais
nem menos (às vezes - ainda bem que só às vezes), sofremos (masoquistas?)
desnecessariamente?
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