"Leio
em busca de encontrar uma palavra sublinhada por ti - era uma mensagem tua -
...eu sei que há...fazias assim, quando não querias falar...
Sim,
meu amor, noutras horas, me ponho a olhar para o horizonte, como se ouvisse
teus gritos a me chamar envoltos no silêncio do tempo; e tudo passa!
Mas há
sempre um esperança toda vez que o outono me deixa...passa!
Alegro-me
com o verde da terra, que sai do inverno...que brota do chão...e a chuva a te
molhar... ... porque, lembro, ficavas do jeito que gostava: molhada e nua e
toda minha...
...e,
num breve descuido da mente, fora da realidade, me vejo nos teus braços,
acossado nos teus beijos... Nunca, tanto assim, havia olhado as estrelas, o
céu, a imensidão do vazio que costumávamos contemplar instantes seguidos...ao
amor que fazíamos...momentos oferecidos pela noite na acolhida do nosso
prazer... Ali...sem o tempo por perto, só nós e o universo...e nada mais
cabia...não havia brecha...apenas cabíamos nós: tu em mim e eu em ti...
E
agora, mesmo que o mundo se agite e tente desviar-me a atenção, persuadir-me a
te esquecer, estão as lembranças, contrariando a desdita do tempo, levando-me
ao teu encontro, como se não houvesse a morte...
Não
dou-me tão fácil. Não me dou por vencido.
Sei que
não partistes e que és tu quem me beija, me toca e me tem no alvorecer do dia,
no limiar da noite, na doçura dos meus pensamentos pensando em ti - porque o
amor não morre - também voa e percorre a imensidão do infinito onde é tão
eterno quanto as lembranças que deixa."
(jose
valdir pereira)
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