quinta-feira, 22 de setembro de 2022

À procura de ti

 

"Leio em busca de encontrar uma palavra sublinhada por ti - era uma mensagem tua - ...eu sei que há...fazias assim, quando não querias falar...

 Sim, meu amor, noutras horas, me ponho a olhar para o horizonte, como se ouvisse teus gritos a me chamar envoltos no silêncio do tempo; e tudo passa!

 Mas há sempre um esperança toda vez que o outono me deixa...passa!

 Alegro-me com o verde da terra, que sai do inverno...que brota do chão...e a chuva a te molhar... ... porque, lembro, ficavas do jeito que gostava: molhada e nua e toda minha...

 ...e, num breve descuido da mente, fora da realidade, me vejo nos teus braços, acossado nos teus beijos... Nunca, tanto assim, havia olhado as estrelas, o céu, a imensidão do vazio que costumávamos contemplar instantes seguidos...ao amor que fazíamos...momentos oferecidos pela noite na acolhida do nosso prazer... Ali...sem o tempo por perto, só nós e o universo...e nada mais cabia...não havia brecha...apenas cabíamos nós: tu em mim e eu em ti...

 E agora, mesmo que o mundo se agite e tente desviar-me a atenção, persuadir-me a te esquecer, estão as lembranças, contrariando a desdita do tempo, levando-me ao teu encontro, como se não houvesse a morte...

 Não dou-me tão fácil. Não me dou por vencido.

Sei que não partistes e que és tu quem me beija, me toca e me tem no alvorecer do dia, no limiar da noite, na doçura dos meus pensamentos pensando em ti - porque o amor não morre - também voa e percorre a imensidão do infinito onde é tão eterno quanto as lembranças que deixa."

 (jose valdir pereira)



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