Ah, querido pai!
Do jeito que és, é assim mesmo que te quero; se estás por perto, tenho certeza
que há amor a me espreitar...
se falassem: vai, reinventa teu pai, eu te faria igualzinho como és;
Não, papai, também não é assim; claro que sempre soube que hoje não tens mais em tuas trêmulas mãos, firmeza nem acenos para teus amores, mas sei que és e foste carinhoso, e que tuas mãos já ofereceram flores...
Esse teu olhar, tem tanto amor, quanto àquele que me olhava Jesus Cristo, quando, de joelho aos Seus pés, agradecia ter-te ao meu lado, meu pai querido e amado.
Lembra daquela vez que eu dizia que seria igualzinha a ti? E que tu dizias: esse, quando crescer vai ser igual ao pai... Pois é! Estou eu aqui, pintado e esculpido... tua imagem e semelhança...Tão bom, papai!
amor, meu filho, amor!
Desta vez, papai, quero dar-te algo diferente - Olha aqui, papai: o melhor presente que um filho pode dar ao seu pai é a gratidão; por tudo que sofreste e choraste; por tudo que deixaste de ter, porque era por nós que sofrias, lutava na esperança de oferecer à família uma vida de qualidade.
Hoje, te vejo decrépito, cansado, cabelos brancos, os sentidos enfraquecidos pelo tempo e pelos sofrimentos, a voz baixa e suave, a depender dos teus, que, ainda bem, dão amor e afeto nessa tua velhice inevitável...
Obrigado, papai!
Beijo-te, com muito carinho e amor!
(josé valdir pereira)
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