Discurso do poeta no lançamento do livro “Nascente”, o
primeiro livro, lançado em 1982.
Meus amigos,
A alegria que invade o meu ser neste ensejo, não está sendo
catalisada pelo fato de hoje, à luz da vontade de Deus e de vocês, poder eu
lançar este simples, modesto e humilde livro. Isto é pouco ao lado do
significado da oportunidade que este momento me oferece. Serei claro, lacônico
e objetivo, embora deseje ser compreendido. Não lhes falarei do livro,
porquanto, se assim o fizesse, a sua existência não se justificaria.
Portanto, como devo aproveitar da melhor maneira possível
este encontro cultural, deixo a todos vocês, presentes e ausentes, a seguinte
mensagem:
- O essencial dos produtos culturais é seu sentido como
expressão da intencionalidade do sujeito cultura. O que importa nos objetos
culturais, não é o suporte material, a matéria de que são feitos, porém o
significado humano de que são portadores.
- Devemos impossibilitar a existência em Rondônia do
indivíduo acultural e incultura. Queremos conviver com o homem cultural.
Porque, o primeiro é possuidor apenas de inteligência prática que lhe dá
tão-somente uma visão cinematográfica da realidade. Ele é incapaz de se afastar
do mundo para enxergar o mundo, e desprender-se de si para refletir sobre seu
significado e valor. É o homem que faz e age sem saber porque age e o faz. O
segundo é o sujeito da não cultura. Aquele que afirma os desvalores, o não
espírito, impedindo o progresso da edificação do mundo cultural.
- Externo meus agradecimentos ao Secretário de Cultura,
esportes e Turismo, Dr. Vitor Hugo, por saber, com inteligência, conduzir o
processo de formação e de desenvolvimento cultural de Rondônia. , favorecendo o
aparecimento de homens capazes de se afastarem da realidade e olharem reflexivamente
para Rondônia; interpretando-a com sua inteligência especulativa,
estruturando-a com seu espírito organizador, carregando-a de significados com
uma intenção espiritual e orientando-a com sua vontade para os rumos que lhes
convém, que são o bem-estar e o bem-comum de todos nós. A nossa Felicidade.
Em 25 de outubro de 1982
- jose valdir pereira –
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