quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

As três pecadoras pelo pecado carnal


"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca". Mateus


Três belíssimas e sensuais adolescentes, juntas deitadas à sombra de um juazeiro, no sertão do Ceará, em Várzea Alegre.

Só de vê-las, estremecia o corpo todo e os desejos afloravam, tomavam conta, dominavam os pensamentos, tornando-os povoados de belas imaginações, imagens e reações.

A mais nova, alguns meses aquém das outras duas, usava sandálias leves com laços vermelhos, batom encarnado, unhas rutilantes...De cor rosada e pele cheia de pintinhas, devam-lhe uma majestade amorosa, sem igual, muito diferente das garotas convencionais.

Apenas 19 aninhos vividos até então, e de forma intensamente...Já havia se entregue a um grande amor, alguém de elevada idade com quem quisera aprender a arte de fazer amor, mas não se deixou prender-se por muito tempo.

Desejou apenas viver momentos de paixão... Sentir o prazer que poderia lhe propiciar o corpo induzido pelos desejos da mente... Ou a mente movida pelos desejos do corpo... Era uma pimentinha, mas atraente doçura, vista de qualquer ângulo, com roupa ou sem...E sabia exibir toda aquela beleza que lhe presenteou a bondosa deusa Afrodite, a senhora deusa da beleza, do amor, da fertilidade e da paixão sexual.

Não gostava de usar roupas íntimas e adorava deixar à vista uma pequena mostra dos seus lindos e pecaminosos seios. Não raro, deixava sua língua tocar seus lábios como quem a querer fazer amor, dar amor, ter amor.

Nada que possuía ou fazia deixava de ter ou ser sensual. Bromélia era seu nome, mas todos a chamavam de Mel. Talvez porque fosse um anjo com lábios de mel...Sua especialidade, também porque toda a sensualidade do mundo lhe tomara posse, era despertar olhares, desejos e vontades por onde passasse, estivesse ou olhasse.

Ao sentar-se, já sentia quem a olhasse, um turbilhão de desejos...seu doce balanço a caminho do mar, dava-lhe o deslumbrante título de Garota de Ipanema”. E seu olhar sempre induzia à ideia de que havia um convite no ar... uma saborosa, deliciosa e pecaminosa tentação.

Bromélia




De igual beleza, embora outro tipo de mulher, ali estava Angelina. Sua performance mais que uma tentação para satisfazer os prazeres da carne, algo muito especial domava sua forma de ser. Era uma menina de compostura séria, semblante fechado, nada nos lábios, nem nas unhas e adorava andar com os pés descalços.

Sensualidade estava a lhe cobrir dos pés à cabeça. Era elegante, bem provida e desembaraçada. Sem timidez para expor sua beleza carnal, espiritual e feminina. Ah, quão bom tê-la por perto e sentir o poder da beleza, da sensualidade com estilo e a doçura de um sorriso encantador e eivado de magia e deslumbramento!

Nem da fala usava para dizer seus profundos desejos e quando se realizava no amor. Era Angelina seu nome. Olhar tigresa, lábios carnudos e seios delicados, pequenos, mas sutis e angelicais.

Nada eu fizesse ao andar, sorrir ou acenar dava a entender querer ir além da sensualidade que o amor traz para quem se doa com amor e amor quer receber.

Angelina tinha o cheiro da Gardênia, a beleza da Hortência e a nobreza da Rosa. Aos se aproximar dessa deusa, sentia-se a divindade intrínseca nas suas atitudes, nos seus gestos e nas suas palavras.

Desejos, vontades saía a despertar mundo afora, por onde passava e deixava sua beleza, simpatia, seu jeito amoroso de acolher e de se deixar pertencer a todos, sem estar a pertencer a ninguém.

Angelina


Nada que pudesse dizer ser igual às outras, ali estava Lúcia, a mais experiente e cheia de predicados e qualidades que reunia por conta de sua maturidade intelectual e sensualidade existencial.

Discreta no olhar e inebriante no cheiro que ilustrava no ar que respirava, gentileza e doçura na elegância que a tomava em todos os trejeitos, nem precisa falar ou andar para e sentir sua destreza em ser dócil, sensual e atraente.

Sua particularidade era o ar ingênuo que passava, a inocência que dava a entender ser provida e sua despretensão em conquistar seus admiradores.

Seu olhar era um convite ao amor, ao prazer, ao desfrute do lado mais sagrado da vida a dois. Gostava das flores e ao seu redor sempre havia um jardim para que flores não lhe faltassem. Dizia que a beleza é fruto da existência das flores, bem como as boas flagrâncias, que tanto inebriam a natureza e dão encantamento estonteante à mulher.

Seus sonhos pulavam dos olhos e sua vida traduzia seu principal sonho: viver um grande amor. Assim era Lúcia, a mais simples das pecadoras. Entretanto a mais desejada e cobiçada por tantos quantos deixassem seus olhos em sua beleza tocarem e seu olfato, seu perfume sentirem.

Lúcia









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