Vem noite, apressa-te e
abre as portas da caserna, que já vai longe os
últimos raios do dia; quero um bom vinho e os
beijos da amada donzela,e que cheguem aos meus
ouvidos,uma suave e amorosa
canção, que faça-me alhear-me do burburinho do vento lá
fora,e dos pirilampos que
iluminam a porta da entrada,a guiarem os ébrios de
amor... Toda beleza é açodada nos
teus momentos, e a todos dás encantos e
sedução,dá-me um pouco do jeito de
ser,um galã, um casanova, um
Don Juan... Logo, logo, outra vida,
outro dia, outro alguém,em poucas horas perderei
os dotes e a elegância que ganho quando chegas, e
o tempo não espera, o tempo que vai, nunca
mais vem, depois, então, o que me
importa,já serei outro à tua porta. Vem noite, mas traz alegria e deslumbramento,Entrego-me aos teus encantos, aqui, neste instante, a vida começa e tu és uma criança.Deixa-me nos braços da donzela, até que ela se refestele do prazer que lhe posso dar,amanhã serei outro, não importa se ela volta.Eu tenho a taça, o vinho e o prazer de beber,É isso que me compraz agora, nada mais, nada mais. - Jose valdir pereira
Natalie Wood, 1964.
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