segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

As homenagens? Eu as quero em vida...

As homenagens? Eu as quero em vida. Se bem que já foram tantas! Mas não as quero quando eu partir. Que emoção sentirei ou demonstrarei aos que prestaram tão magnânima deferência?

A bondade pela qual me tornei digno de sua amizade, do amor que me dispensaste por algum tempo, algumas horas, sempre foi meu propósito de existência. E o retorno que tive em vida, por instantes ou pelo tempo que foi, já foi um sagrado reconhecimento de teu coração às minhas atitudes solidárias, humanísticas e cristãs. Assim, as homenagens? Eu as quero, se for o caso, em vida.

Ainda não compreendi, se vivemos ao morrermos ou se isso faz parte do aforismo, do estoicismo, da divina pregação de Santo Agostinho, fruto do seu afazer episcopal.

Mas, é inegável quanto ao bem que faz uma homenagem ao nosso coração, a doçura que sente nossa alma nessa inefável hora, o inenarrável contentamento que irradia nosso olhar nesse ínterim.

Não é mais que a beleza de um elogio maternal, porque, do coração das mãos, tudo que emerge é sagrado e incomparável.

Assim, as homenagens? Eu as aceito, em vida!

Algumas já me foram outorgadas. Em todas, não me contive, e as lágrimas, tomado pela emoção do momento, rolaram no meu rosto. E ao chegarem nos meus lábios, eu as senti salgadas. Não sei o porquê se, representando a doçura do instante, deviam ter a doçura de um favo de mel.

Também não quero, como disse o poeta, "não quero choro nem velas". Apenas o silêncio, a mais consagrada das orações.

Flores, muitas flores. Afinal, um poeta que em vida recebeu a homenagem de ser o poeta das flores, quererá estar cercada delas, dessas divinas e formosas criaturas de Deus, que representam o amor, a paz e a beleza da ternura entre Deus e Suas criaturas.

- jose valdir pereira - 



 

 


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