Foi tua elegância que um dia me deixou sem jeito e deu-me o desejo de rever meus conceitos de ser e de agir; na tua gentil forma de me dizer pelo olhar, o caminho melhor a seguir e como fazê-lo, consegui, aos poucos, retocar as arestas do meu viver, até saber enxergar mais e melhor a beleza e a bondade do mundo, além das vicissitudes;
foi na tua paciência e na tua meiga forma de me falar, que aprendi o quanto
somos ouvidos, se falamos com brandura, simplicidade e ternura nas palavras;
não precisei de muito tempo para sentir a importância do amor, pelos exemplos
de amor que me mostravas;
foram tuas renúncias, teus recuos e tuas abstemias que me tiraram a ilusão de que é preciso seguir sempre para se conseguir realizar sonhos, satisfazer desejos e acumular riquezas; aprendi a voltar, retornar, desistir, esquecer, postergar, repensar, relevar e a perder, também... Há mais nobreza em renunciar e perder do que em dizimar para ganhar.
Foi te amando, que aprendi a me amar!
Descobri que quanto mais amor te dava, mais amor eu recebia.
Que a tua felicidade, era minha alegria, e que a paz do nosso amor era fruto da nossa serenidade,
que nascia na nossa amável convivência de ser e no viver.
- jose valdir pereira -
Pintura: Franz Xaver
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