Quem sou eu

Minha foto
Um Blog de poemas e crônicas feito especialmente para você, que tem bom gosto!

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Nem a morte os resilia...


Linda, e mais linda ainda, quando era encontrada pelo prazer do amor, 
ao deixar seu rosto parecer inocente e ingênuo, 
como se fosse a primeira vez a viver a vida do lado luxuriante.
 
Era suave sua maneira de deixar-se ser levada
pela gulodice do seu corpo e pela veleidade
e sofreguidão do seu coração.
 
Nascer de novo, em um renascer pueril,
era sempre o que exprimia seu olhar quando de olhos abertos, 
tipo uma deusa, expressava seu prazer intenso e pleno, 
como se estivesse a sentir nos lábios
o doce mel da seiva virgem dos indizíveis pomares.
 
E quanto mais o amor olhava para o amor, o amor sentia o amor, 
o amor se entregava ao amor, tornavam-se intermináveis os desejos, 
o prazer e a entrega plena dos corpos,
da alma em ebulição e dos corações em êxtase.
 
De saber ou ver que poder-se-ia prever o fim ou seu limiar,
ledo engano. Era inesgotável o amor que viviam,
eram inacabáveis os desejos que os conduziam e, nem o tempo, 
o tempo da noite ou o tempo do dia, podia conter a completude do amor que havia.
 
Nessas horas, nem a morte os resilia.

- jose valdir pereira -

 








 

Nenhum comentário: